Capítulo 15 “Ideia”

Olá! Desculpem a demora. Costumo postar de manhã, mas hoje foi-me impossível. Espero que gostem, e comentem!
XOXO, Black Roses

         Estávamos todos curiosos com o que vinha aí, mas estávamos especialmente esperançosos. Edward deu a vez ao Carlisle para falar.

         - Como o Edward disse, pensamos que encontramos uma solução que evita que Jacob e Renesmee tenham que sofrer com a separação. – Carlisle falava num tom calmo e pausado. – Mas como sempre há consequências. – Já estava à espera disto. Tinha que haver sempre consequências… Mas para o Edward aceitar, não pode ser muito grave, certo? Confio bastante no discernimento de ambos, e se eles achavam que esta solução era viável, eu aceitava as consequências. – Há certos medicamentos, que misturados, podem provocar um género de amnésia. Ou seja, eles irão esquecer completamente o passado, e só se lembrarão do presente, e mais tarde do futuro. – Fazer com que a minha filha fique com amnésia? Sempre achei que era uma coisa má! Enchê-la de medicamentos é a solução? Quer dizer, eu sei que não lhe vai fazer mal, ou o Edward não tinha concordado com a ideia, mas… Ela vai-se esquecer de tudo! Ela vai-se esquecer da sua vida! É suposto ela não sofrer por causa do Jacob, mas a solução é esquecê-lo? Também se vai esquecer do Charlie, da Renée, dos Denali, do resto da alcateia… De tudo! Até de nós se vai esquecer! É certo que lhe pudemos dizer quem somos, mas vai ser como se ela nos estivesse a conhecer naquele momento! Vai-se esquecer de todos os momentos que passámos juntos! Vai-se esquecer de tudo! E o Jacob… Ele vai-se esquecer dos Cullen! Vai-se esquecer de mim…. Será que a impressão pode ser apagada por uma amnésia? Talvez a impressão permaneça, simplesmente não se deve lembrar por quem a teve. Acho eu…

         - Ainda não temos a certeza se irá funcionar devido às suas partes de vampiro e de lobo. Mas como ambas as partes são iguais, tens o mesmo número de genes sobrenaturais como humanos, vale a pena tentar…

         - O que é que achas, Bella? – perguntou Carlisle.

         - Eu confio em vocês… Mas a amnésia será permanente? Quer dizer, há casos de amnésia em que as pessoas vão recuperando a memória aos poucos, vão começando a lembrar-se das recordações do passado. Isso pode acontecer com eles? – esta parte também me preocupava um pouco… De que é que serviria isto tudo, se eles um dia mais tarde irão recordar-se de tudo? Irão sofrer na mesma, só que mais tarde.

         - Normalmente eu diria que não, mas nunca experimentei na espécie deles. Talvez possa acontecer, mas acho improvável. – Carlisle estava pensativo - Desde que nós não lhes suscitemos a memória, não deve haver problema. – garantiu.

         -Então tudo o que temos que fazer é suster-lhes a curiosidade? Eu posso tratar disso! – disponibilizou-se Jasper.

         - Agradecemos Jasper! – com o poder dele seria muito mais fácil. Mas temos que lhes contar um pouco do seu passado… Que desculpa iríamos dar para o facto de uma semi-vampira e um lobisomem não se lembrarem do seu passado, mas no entanto terem uma memória fantástica e sobrenatural? Não lhes podíamos dizer que os drogamos no passado para eles não se lembrarem de nada…

         - É uma boa questão, Bella… - Edward respondeu aos meus pensamentos. Ainda tinha o escudo retraído…

         - O quê, Bella? – Rosalie estava curiosa novamente.

         - Há mais alguma coisa? – Esme e Carlisle olhavam para mim e para Edward a tentar decifrar o nosso rosto.

         - É que me lembrei que… - interrompi-me a olhar para Alice, que estava com o olhar vazio, tenso, e estava sem expressão. Uma visão. O que é que vinha daí?

         Edward ouviu o meu pensamento e logo me respondeu:

         - O Jacob está prestes a acordar.

         - E não está com muito bom humor… - Alice despertou e continuou o que Edward estava a dizer. – É melhor seres tu a dizer-lhe qual é a nossa ideia… - Boa! Estava-me, literalmente, a atirar aos lobos… Mas supostamente a Alice não consegue ver o futuro dele. Como é que ela sabe que…

         - A Alice não consegue ver propriamente o futuro do Jacob. Mas viu que o futuro do quarto do Carlisle e da Esme não é dos melhores…

         Alice estremeceu com o que o Edward disse:

         - Para além de ter que ambientar o quarto não queria ter que fazer muitas reparações… Não é que me importe, mas como nos vamos mudar em breve, já vou ter muito trabalho pela frente! – Sempre a mesma Alice. – É melhor ires. Ele está quase a acordar.

         Dei um beijo rápido a Edward, que me prometeu que ia ficar à escuta para o caso de eu precisar de reforços.

         Fui subindo as escadas a um passo humano. Não tinha muita pressa para encarar o Jacob. E para além disso tinha que preparar o meu discurso. O que é que eu lhe ia dizer? Eu sabia o que lhe tinha que dizer, mas não sabia como. Queria atenuar o sofrimento dele o mais possível, mas não sabia como… Também iria ser difícil fazer com que Jacob não saltasse pela janela em direcção à floresta assim que me ouvisse. Ou mesmo que se transformasse no quarto…

         Aproximei-me da porta do quarto de Carlisle, e fiquei a ouvir a respiração de Jacob. Esta já se estava a tornar irregular. Ele ia acordar em breve…

         Entrei no quarto sem fazer barulho, e reparei em Jacob. Este estava a ocupar a cama quase toda! Estava de braços e pernas abertas para ambos os lados. Tinha uma cara bastante calma e serena, que nada se iria semelhar à expressão que iria ter quando acordasse. Sentei-me num cantinho da cama, à espera que ele acordasse, o que já não demoraria muito…

         Jacob começou-se a contorcer na cama, até que os seus olhos se começaram abrir lentamente, devido ao efeito da morfina.

Finalmente acordou!