quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Capítulo 22 “Casa nova, vida nova” Parte III





Olá! Não me matem, mas tive tantos testes nestas semanas... Não consegui escrever quase nada, e estava a ver que nem hoje ia conseguir postar. Mas lá consegui, por isso aqui está. Espero que gostem, e não se esqueçam de comentar!
XOXO, Black Roses
 P.S. Desculpa Inês, mas só hoje é que consegui vir ao computador, por isso só vi o teu comentário hoje de manhã. Ainda dá para votar? Se não der, ficas já a saber que a tua foto era de longe a melhor, por isso de certeza que deves ter imensos gostos. Boa sorte, e espero que ganhes! Beijinhos 


         A boa disposição estava instaurada, o que me deixava satisfeita, pois afinal não ficamos assim tão abalados com a nossa saída de Forks. Ou pelo menos, bastou-nos ter outra distracção para nos esquecermos do estado em que estávamos à algumas horas atrás. Não queria estar a pensar nisto tão cedo, mas é inevitável olhar para uma floresta, principalmente tão bonita como a de Forks, e não pensar no Jacob e no meu pai. A esta hora, o Jacob ainda não devia ter dado nenhumas notícias, ou seja, ainda estava na forma de lobo, e o meu pai devia estar na esquadra sem nada para fazer. Agora que nós saímos dali, já não deve haver por lá mais visitas indesejadas, por isso a criminalidade devia descer de uma forma significativa, logo o meu pai não devia ter muito para fazer… Provavelmente consideraria uma reforma precoce…
         A Renesmee ainda não tinha tocado no assunto Jacob desde que levantamos voo. Apesar de lhe termos mentido sobre o facto de Jacob vir ter connosco mais cedo ou mais tarde, ela deve ter percebido que não seria assim tão cedo como isso. E além disso não deve faltar muito para termos que lhe dar as tais injecções para ela se esquecer de tudo… Será que seria ainda hoje…? Isso teria os seus prós e contras…
         Edward deu-me a mão, apertando-a com força. Ele tinha estado a ouvir os meus pensamentos, claro! A sua cara já não estava feliz como à pouco… Sorri-lhe em resposta.
         ‘Não te preocupes! Vou tentar esquecer isto durante um bocado, está bem? Ignora-me. Eu sou uma tola… Não devia estar a pensar nisto agora…’ – ele acenou afirmativamente com a cabeça, e deu-me um beijo na testa em sinal de compreensão.
         Alice, que estava a olhar para nós os dois para tentar perceber o que se passava, também sorria.
         - Vamos continuar a visita? Ou querem ficar só por este andar? Ainda temos mais três, incluindo os quartos… - disse Alice de forma sugestiva.
         - Vamos a isso, mana! – disse Emmett a entrar na brincadeira.
         Todos nos começamos a rir novamente, principalmente depois de Esme e Carlisle fazerem cara de desentendidos. Este clareou a voz e falou:
         - Deixem-se disso! Vamos lá ver o resto da casa! – aposto que se conseguisse, Carlisle, estaria neste momento a corar. Soltamos novamente mais algumas gargalhadas perante o seu envergonhado comentário.
         - Pronto, pronto. Vamos lá! – disse Alice, abrindo uma das porta de vidro da sala.
         Passamos o resto do dia entre exclamações de espanto, admiração e aprovação à medida que passávamos de divisão para divisão. Esta casa estava-se a revelar uma verdadeira surpresa! Claro que não era de estranhar quando o clã Cullen está envolvido, principalmente quando a Alice e a Esme trabalham em conjunto! Esta nossa nova casa parecia um verdadeiro castelo de quatro andares! No piso térreo encontrava-se a sala, a cozinha, a sala de jantar, uma biblioteca enorme que também seria o escritório de Carlisle, e uma varanda enormíssima. No piso que seria a cave era a garagem, onde cabiam à vontade uns oito generosos carros. Também fiquei a saber que havia uma passagem directa da estrada para a garagem, coisa que não reparei quando chegamos. No primeiro piso encontravam-se os quartos pertencentes a Alice e Jasper, a Rosalie e Emmett, a Esme e Carlisle, e um atelier para as criações de Alice ao lado do quarto desta. Assim, o segundo piso iria ser para mim, para Edward e para Renesmee.
         - Como vocês estavam acostumados a ter o vosso próprio espaço, resolvemos dar-vos um andar só para vocês. – disse Carlisle com uma voz formal. Então o Carlisle sempre era cúmplice…
Este piso parecia a nossa casinha, mas só de um andar. Uma parte da mobília que estava na nossa antiga casa, encontrava-se espalhada pelo piso, de forma a relembrar-me da minha vida passada. Era um género de uma sala de estar com um sofá e uma lareira, e tinha duas portas, onde deviam ser a entrada para os quartos. Nunca pensei que a Alice fosse fazer isto! Quando ela disse que queria tirar toda a mobília da casa, pensei que o iria fazer para esta não se estragar devido à degradação, ou qualquer coisa parecida… Mas tinha quase a certeza que ela preferia comprar tudo novinho!
- Era essa a ideia dela. – Edward estava concentrado nos meus pensamentos desde que entramos na nossa nova “casinha”, pelo que sempre que achava oportuno respondia-me. – Eu estive a falar com a Alice sobre tentar preservar alguma da essência que tínhamos na nossa casa, e ela aceitou. Deixou este piso quase a meu critério…
- Quase? - disse eu a rir-me. Claro que a Alice tinha que estar metida em tudo, por isso obviamente que não podia deixar o irmão ficar encarregue de uma parte tão importante da casa…
- Pois… É mais ou menos isso. Se reparares algumas coisas não são obra minha, e a Alice fez questão de tratar dos quartos…
Depois de escutar as palavras de Edward, deitei outra olhada à divisão. As paredes tinham sido forradas a madeira, o que dava a todo o piso um aroma intenso a carvalho, tinha uma lareira antiga com o sofá que estava na nossa casinha em frente, também estavam lá a mesa e as cadeiras de madeira escura que também pertenciam à decoração da nossa casa antiga. Aquela divisão tinha um aspecto bastante acolhedor, principalmente depois de eu saber que tinha sido tudo feito pelo meu amor.
- Pensei que preferisses alguma coisa que te fizesse lembrar de Forks, e que não fosse muito exagerada, mas, como tu hoje disses-te que já não te importavas com as extravagâncias, fiquei um bocado preocupado que tu te decepcionasses…
- Não. Claro que prefiro assim. Já tive a minha dose de extravagância, por isso precisava de alguma coisa acolhedora e com recordações. Está prefeito… - cheguei-me mais perto dele, e beijei-o de forma intensa. Edward envolveu-me no seu abraço enquanto me retribuía o beijo.
- Truz-truz! Desculpem interromper… - Alice apareceu das escadas com a Renesmee nos braços. – Já percebi que gostas-te do trabalho de decorador do Edward.
- Está perfeito! Melhor do que eu imaginava… - disse a mais pura das verdades, sendo o mais sincera possível.
- Ainda bem. Eu tinha algumas ideias para aqui, mas vendo bem até ficou bastante bem. – disse Alice enquanto pousava Renesmee no chão. Esta veio a correr ter comigo e saltou para o meu colo.
- Está lindo, não está mamã?
- Está muito bonito! Gostas-te, não gostas-te? – perguntei enquanto acariciava os seus cabelos.
- Sim. E o meu quarto é fantástico!! – Renesmee estava super animada com aquilo tudo.
- Vamos lá ver isso… - disse Edward encaminhando-se para a porta de madeira da esquerda. Eu, Renesmee e Alice seguimo-lo, e Edward, com um gesto teatral, abriu a porta do quarto.
A minha filha tinha razão. Fantástico era dizer pouco… Aquilo parecia um quarto saído de um filme de princesas. Qualquer criança adoraria aquele espaço! Quem me dera ter tido um quarto destes quando tinha a idade dela… 
Era bastante amplo, tinha uma cama enorme cheia de peluches de todos os tamanhos e feitios, pelo chão estavam espalhados brinquedos variados… Naquela divisão predominava o rosa, o lilás e o branco. Mas não estava de todo piroso ou exageradamente cor-de-rosa. Também do lado oposto da porta, havia uma porta enorme de vidro, que dava acesso a uma varanda bastante generosa…
Reparei que havia uma porta enorme de madeira branca que ocupava quase uma parede inteira. O que é que seria aquilo? Pensei que fosse uma ligação para o nosso quarto, mas esta ficava do lado oposto, era demasiado grande, e para além disso já havia uma porta do tamanho “normal” que de certeza que ligava ao meu quarto. Será que ela a ligação para outra divisão? O que é que seria aquilo? Edward sentiu a minha curiosidade a aumentar à medida que pensava mais e mais.
- Tens a certeza que não adivinhas? – perguntou ele com um sorriso irónico. Eu encolhi os ombros. Será que era assim tão óbvio? – Oh! Vá lá! Qualquer quarto em que a Alice esteja envolvida tem um daqueles. E em ponto grande… - Alice olhava para nós a rir-se, enquanto que a Renesmee se dirigia à tal porta, abrindo-a.
- Claro! Como é que eu me pude esquecer! – disse a rir-me e a abanar a cabeça. - Um roupeiro! Claro que só podia ser isso! O que mais poderia ser?
O roupeiro era quase do tamanho do quarto, ou seja, era gigante. Mas isso já era de esperar vindo da Alice. Agora já percebi porque é que ela quer ir às compras… Tem que encher os roupeiros! E se muito me engano, no meu quarto está um igual ou talvez maior, visto que somos dois, que este.
- Agora é a vossa vez! – disse Alice a cantarolar.
Saímos do quarto da Renesmee, onde esta ficou a brincar com os seus mais recentes brinquedos juntamente com a Alice, enquanto eu e Edward fomos ver o nosso quarto. Tinha as expectativas bastante altas quanto ao que a Alice preparou para nós. Mas estava igualmente satisfeita pois Edward também iria ser surpreendido, tal como eu!
Fiquei especada em frente à porta, com Edward a trás de mim à espera que eu entrasse primeiro. Esta era a porta que dava acesso a uma nova vida, e isso não podia ser tomado de ânimo leve. Agora seria oficialmente a minha despedida definitiva da minha antiga e adorada vida em Forks. A partir de agora nada seria igual, à excepção da minha família, tudo iria ser novo, e isso era assustador. Era a porta para o desconhecido, a porta da mudança. A mudança que marcava o termo à minha vida humana e monótona, e dava início à minha vida vampírica cheia de surpresas e novidades a toda a hora. Era tempo de mudar. Bastava um passo para toda a minha anterior realidade ir por água abaixo. Agora eu seria diferente. Seria uma mulher diferente. Seria uma pessoa diferente. Seria a outra parte de mim. A parte que eu escolhi. A parte que seria melhor para mim. Seria Isabella Cullen.
          Edward deu-me a mão e apertou-ma com força, e assim, de mãos dadas entramos no nosso pequeno mundo.