sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Capítulo 20 “Despedidas” Parte II


Olá, olá! Peço imensas desculpas por não ter postado ontem, mas foi mesmo impossível! Então decidi postar hoje um capítulo um bocadinho maior. Quis fazer um bocado de suspense em relação a este capítulo, por isso é que ainda vai haver uma terceira parte ;) Espero que gostem!
Comentem e votem na sondagem (ainda só uma pessoa é que votou, o que me leva a pensar que se estão nas tintas). Mas pronto, não se esqueçam!
Boas leituras,
XOXO, Black Roses


         O dia de hoje estava anormal em todos os sentidos: estava nublado e escuro (até aqui tudo normal) mas ao mesmo tempo conseguia-se ver o sol através das nuvens espessas que a qualquer momento ameaçavam começar a deitar água; o dia estava gelado, comparando-se ao clima de pleno inverno, quando já estávamos em Março; a posição do sol parecia que já eram cerca das quatro da tarde, quando eram apenas dez da manhã. Estava bastante confuso, tal como eu.
Não me tinha preparado para o que ia acontecer, talvez até mesmo ainda não me tivesse mentalizado de que nos íamos mudar. Quando me mudei para a cidade de Forks para viver com o meu pai, só queria que o tempo entediante e monótono que ia passar nesta terra passasse depressa. Queria que o secundário passasse depressa para puder ir para uma universidade perto da minha mãe. Pensava que ia detestar estar cá e só desejava puder sair daqui. Mas agora que o vou fazer, só quero puder ficar, nem que seja só mais uns tempos. Estes anos foram os melhores da minha vida. Descobri o que é amar, o que é ser amada, o que é ter uma família grande e unida, que o amor pelo meu pai sempre foi e sempre será muito forte, como é passar de adolescente a adulta em apenas alguns meses, como é sofrer com a perda de alguém, o que é um buraco no peito, como ficar doida e alterada, o que é amar duas pessoas tão distintas ao mesmo tempo, que o nosso grande amor consegue superar tudo e todos, como é sentir que magoamos tanto uma pessoa apenas por uma acção, uma escolha, como é puder contar com alguém sempre que quiser e sempre que precisar, como é casar, como é ter o amor da minha vida à minha espera, à espera de ficar meu para sempre e eu dele, o que é ser mãe, o que é o amor de uma filha por uma mãe… que os super heróis existem, que um mundo sobrenatural é melhor que o nosso, como é saber que o nosso próprio odor será a nossa morte, como é saber que querem ver-me morta e sugar o meu sangue, como é ter alguém a lutar pela minha vida, luta esta que não podia participar, o que é ter a certeza do que quero para o resto da minha vida, como é conviver com criaturas, que, até me tornar um deles, vou ser sempre um alvo, que existem mais seres sobrenaturais do que eu pensava, como é ir salvar o meu amor da morte pelas mãos das criaturas detestáveis, como é ter um bando de criaturas extremamente poderosas a trás de mim, como é casar-me com uma, como é engravidar de uma, como é ter uma filha que era metade como eu e metade como ele, como é tornar-me numa deles, como é lutar contra eles, como é ser ameaçada por eles, como é ter que fugir deles…
Estava tão confusa neste dia que, sem me aperceber, tinha retraído o meu escudo, pelo que Edward olhava para mim, por um lado satisfeito pela primeira parte, mas magoado com a segunda. Não tinha sido muito feliz com a minha escolha de palavras…
- Desculpa…. – estava arrependida de ter pensado naquilo, principalmente neste momento e com ele a ouvir. Que estúpida! Mesmo tendo o escudo para proteger os meus pensamentos, tinha que o deixar ouvir aquilo?! Que idiota!
- Não. Eu prefiro saber o que pensas na realidade, pelo menos uma vez. – notava-se que a sua voz estava magoada e triste.
Já estávamos na reserva com o carro parado em frente ao sítio onde normalmente eram as reuniões do conselho tribal. Esse era o ponto de encontro.
- O que eu pensei, não é o que eu realmente penso. Pus-lhe uma nota demasiado negra… E a partir de agora vou tentar estar sem escudo, está bem? Só tenho que tentar não perder a concentração…
- É normal que penses assim. Eu também penso… E também é normal quereres guardar os teus pensamentos para ti. São teus, e eu não tenho o direito de…
Beijei-o antes que ele continuasse a dizer palermices. Não queria arranjar mais confusões hoje. Já tinha a minha dose… E principalmente queria que estivesse tudo bem entre mim e Edward, pois ele seria o meu porto de abrigo hoje.
- Eu não quero que penses assim, estás ouvir? Foste a melhor coisa que me aconteceu – ouviu-se o suave ressonar da Renesmee no assento de trás. – talvez uma das duas melhores coisas que já me aconteceram. E se aquilo foi o preço a pagar para vos ter comigo, não foi nada comparado com o que devia ter sido. É demasiado baixo. – beijei-o novamente, desta vez um beijo mais breve. – E tudo o que é meu é teu, percebes-te! Prometo-te que a partir de agora vou-te deixar aceder aos meus pensamentos sempre que estiver minimamente controlada. Mas para isso não me podes descontrolar. – disse com um sorriso sedutor.
Edward colou os nossos lábios, começando por me beijar suavemente, pelo que eu intensifiquei o beijo. Ele reagiu de imediato começando-me a puxar mais para ele e a juntar as nossas línguas. Também eu entrelacei os meus dedos no seu cabelo para o puxar mais para mim. Estava completamente esquecida de onde estava, só pensava no Edward e tudo se resumia a ele… Edward acabou por quebrar o nosso beijo cedo demais, o que me fez relembrar quando ele fazia isso quando eu ainda era humana. Tal como fazia, soltei um suspiro de frustração. Ele riu-se de mim.
- Tu costumavas fazer isso antes… - disse entre risadas.
- Eu sei! Porque tu eras sempre um desmancha-prazeres e paravas sempre… - estava com cara de amuada e a fazer beicinho.
- Tu é que disseste para não te descontrolar…
- Foi só por causa disso…?
- Não! – agora ele gargalhava alto. – A Renesmee está a acordar e os lobos já chegaram. Achas que são motivos suficientes?! – ainda continuava a rir-se. A palavra lobos fez-me despertar. Acordei para a realidade. Lembrei-me novamente do que estava ali a fazer. Será que o Jacob já estava lá? – Não. Ele ainda não chegou. – respondeu-me o Edward. Também ele já estava com uma cara séria.
Olhei pelo retrovisor e vi a Renesmee a espreguiçar-se e a abrir os olhos.
Com a Renesmee acordada e todos à nossa espera, já não podíamos adiar mais o inevitável. Estávamos todos ali reunidos com um objectivo: dizer adeus.
- Vamos? – perguntei, falando para trás, onde a Renesmee ainda lutava contra as pálpebras que teimavam em fechar.
- Pronta? – Edward respondeu à minha pergunta com outra pergunta.
Em resposta, abri a porta do carro e fui atingida por um ar frio de inverno, que antigamente me fazia gelar até à espinha. Enchi os pulmões de ar gelado duas vezes seguidas, antes de abrir a porta a Renesmee. Esta saiu do carro com um salto e começou a tremer. Apressei-me a vestir-lhe o casaco quentinho e impermeável, o que a fez aconchegar-se nele. Edward também saiu do carro e foi à mala buscar os nossos dois casacos. Entregou-me o meu e vestiu o seu. Dei mão a Renesmee e Edward depositou a sua na minha cintura, e assim dirigimo-nos ao local programado.
Quando chegamos já se encontravam lá todos os Cullens e os lobos. Apenas faltavam Jacob, Charlie e Billy. Espera que não se demorassem muito…
Edward olhou para mim e respondeu-me ao ouvido:
- Descansa. Estão a chegar!
Mal nos viu, Alice, veio a correr ter connosco a uma velocidade desumana.
- Até não estás muito mal, Bella. – disse, olhando-me de alto a baixo. – E tu também não pequenina. – Pegou na Renesmee ao colo e deu-lhe um beijo na bochecha.
- Não me deste muitas alternativas, Alice…
- Eu sei! – guinchou ela. Estava animadíssima com a mudança. Para ela isto era sem dúvida uma das melhores coisas que já lhe aconteceram! Por ela, esta despedida seria em nossa casa, como uma festa gigantesca, cheia de música e prendas de despedida. Pus-lhe uns travões nesse ponto. Não queria uma festa a assinalar aquele momento triste. Nem pensar! Estava muito bem assim. Triste e melancólico.
Fomos falar com os lobos e com os Cullens, enquanto esperávamos pelos restantes. As conversas com a alcateia eram bastante monótonas e acanhadas. Eram sempre o mesmo: “Lamento que tenham que ir embora” “Nós também. Vai nos custar bastante, mas tem que ser.” “É para o bem de todos.”
O único que era um pouco mais animado era Seth. O Seth seria sempre o Seth. Animado e extrovertido. E talvez um pouco metediço. Apesar de hoje não estar nos seus melhores dias, foi a melhor pessoa com quem falei até agora.
Passados quinze minutos depois de termos chegado, chegou o meu pai, encolhido no seu casaco grosso, a empurrar a cadeira de rodas de Billy.
- Tens de começar a comer menos, Billy! – resmungava Charlie, enquanto arrastava a cadeira de rodas no piso de terra batida e irregular.
Quil e Jared apressaram-se a ir ajudá-lo. Levantaram a cadeira de rodas, um de cada lado, e trouxeram-no para a nossa beira.
- Podiam ter feito isso mais cedo… - disse Charlie admirado com a força daqueles dois.
- Avô! – Renesmee correu para os braços do meu pai, que a esperava de braços abertos.
- Olá, pequena! – Charlie deu-lhe um abraço apertado, enquanto eu me aproximava para o cumprimentar.
- Olá pai!
- Olá Bells. – este desenvencilhou-se dos braços de Renesmee e deu-me um abraço. Confesso que não estava à espera, mas soube bem, principalmente sabendo que ele já sabia a verdade sobre mim e sobre os outros que ali estavam.
Quando nos afastamos, Charlie estava um pouco constrangido, mas safou-se bem e foi cumprimentar o resto dos Cullens e dos Quileutes.
Comecei a apreciar o ambiente e as coisas que nos rodeavam. Estava tudo bastante parecido com o que me relembrava. Troncos grossos e velhos posicionados à volta de uma fogueira, que o Seth e a Leah estavam a tentar acender. Quer dizer, a Leah tentava acender e o Seth tentava estragar, enquanto a Leah lhe dava encontrões. Ia ter saudades daqueles dois a embirrarem um com o outro. Ia ter saudades de todos, que há alguns dias eram pura felicidade. Só de pensar que fomos nós que interferimos com isso….
Ouviu-se um uivo na floresta, forte e triste, a anunciar a sua chegada. Jacob tinha chegado. Ele tinha vindo! Um sorriso instantâneo apareceu na minha cara, tal como na de Renesmee.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Capítulo 20 “Despedidas” Parte I


Olá olá! Mais um capítulo da minha fic. Espero que gostem, e votem na sondagem (por favor!). Digam o que acham do capítulo.
XOXO, Black Roses


         Ficamos aconchegados um ao outro até os primeiros raios de sol começarem a espreitar pela janela do nosso quarto. Estávamos embrulhados nos lençóis abraçados.
Tínhamos passado uma noite fantástica, até me admirava como é que a Renesmee não tinha acordado. Mas esta ainda estava a dormir no quarto ao lado. Estava com uma respiração calma e profunda, o que me garantiu que ainda ia demorar a acordar.
Tinha chegado o dia da nossa mudança para o Canadá. Hoje ia-me despedir da terra onde fui mais feliz do que nunca, onde conheci o amor da minha vida e onde passamos os nossos melhores momentos. Ia dizer adeus ao meu pai, que nestes anos que estive com ele, apoiou-me nos meus maus momentos, e nos ficamos a conhecer melhor do que no resto da minha vida. Eu era tão parecida com ele… Ia-me afastar dos meus amigos mal cheirosos e canídeos. Eles que estiveram sempre prontos a proteger-me e que lutaram por mim. Mas a despedida que me ia custar mais era sem dúvida a do meu melhor amigo. Jacob. Este nome pairava na minha cabeça há uma semana. Estava cheia de remorsos pelo que lhe tinha dito e pelo que lhe ia fazer. E quanto mais pensava nisto, mais sentia que o estava a fazer era uma injustiça para ele. Custava-me imaginar como seria o nosso encontro hoje, como estaria a sua cara. Seria forte pela Renesmee, ou poria tudo cá para fora?
- Hoje vai ser um dia para esquecer… - suspirei contra o peito frio e despido de Edward. Este abraçou-me com mais força.
- Vai passar num instante, vais ver. E eu vou estar lá, não te preocupes. – falava contra a minha testa, onde, de seguida, depositou um beijo demorado.
- Gostava que tivesses razão… - encostei-me mais a ele, aninhando-me no seu peito.
Outra coisa que me chateava era não saber para onde íamos. Sabia que íamos para uma cidade chamada Petawawa, mas era a única coisa que sabia. Alice e Esme não me deixavam participar em nada, dizendo que Edward queria guardar segredo. Isto só podia significar que, ou Edward ia fazer alguma coisa para me animar (o que não me apetece nada), ou a mudança envolvia demasiado dinheiro (o que eu me ia opor).
(…)

Eram cerca das oito e meia da manhã quando eu e Edward nos vestimos. Roupas confortáveis, e o mais informal que consegui encontrar naquele armário. Tarefa quase impossível.
Apesar de me sentir confortável com tudo, este era um hábito humano que preferia manter. A Alice não me tinha chateado muito porque sabia que não ia levar a melhor, e também as roupas iam ficar todas amarrotadas. Mesmo assim, a coisa mais confortável que arranjei foram umas calças de ganga escura bastante justas, e uma túnica larga em tons de bege, com um cinto castanho-escuro e uns sapatos de salto alto da mesma cor. Apanhei o cabelo num rabo-de-cavalo e estava pronta.
Edward disse que tinha de sair para entregar os carros, mas que não iria demorar muito. Deu-me um beijo e saiu. Os Cullens iam vender a sua colecção de carros, pois não podiam leva-los. Também era uma desculpa para puderem comprar outros, mas pronto. Iam vender todos, mas três deles, o comprador ia busca-los ao aeroporto. Esses eram o Volvo de Edward, o Mercedes de Carlisle e o BMW da Rosalie. Eram os carros com que nos íamos deslocar até ao aeroporto.
Não queria ocupar o meu tempo preocupada com o que ia acontecer daqui a umas horas, por isso fui arranjar as nossas malas.
A nossa casa estava quase deserta. Praticamente toda a mobília tinha desaparecido pelas mãos de Alice. Ela dissera-me que era para mandar as coisas para a nossa nova casa. Sabia que isto não era verdade, porque a Alice preferia comprar tudo novinho. Já não me pronunciava a esse respeito, porque era impossível pará-la quando ela queria fazer compras. Desde que ela mantivesse os nossos objectos mais pessoais, não me importava. Sabia que isto a deixava feliz.
O nosso roupeiro estava bastante vazio. Tinha cerca de dez peças de cada um. O resto de roupa já tinha seguido viagem. Assim não tínhamos que andar com dez malas atrás de nós, bastava uma.
Comecei a por a minha roupa numa mala, e a roupa de Edward noutra. Com a minha velocidade vampírica já estava tudo arrumado em menos de quinze minutos.
Tinha-me que ocupar com alguma coisa para não pensar no que vinha ai… Pensei em ir à casa grande para ajudar no que fosse preciso, mas já lá estava gente a mais, e não queria deixar a Renesmee sozinha. Por isso resolvi ir preparar o pequeno-almoço da Renesmee. Daqui a nada ela já está acordada e com fome.
Preparei alguma fruta, fiz ovos mexidos com bacon e umas torradas com doce. Como não pude apressar os ovos nem as torradas, isto ainda me levou vinte minutos a fazer o pequeno-almoço. Quando acabei eram nove e meia, por isso resolvi ir acordar a Renesmee antes que o pequeno-almoço ficasse frio.
Dirigi-me ao seu quarto e espreitei pela porta, mas ela já estava acordada e a espreguiçar-se.
- Bom dia, mamã. – disse com um sorriso caloroso e uma voz de sono.
- Bom dia, querida. – fui ter com ela e dei-lhe um beijo de bom dia. – Dormis-te bem?
- Sim. – sentou-se na cama. – Cheira bem. Estiveste a cozinhar?
- Fiz-te o pequeno-almoço. Vens?
- Sim!
Renesmee devorou o seu pequeno-almoço com vontade. Depois de a ter visto comer, fomos para o seu quarto para a vestir. Também ela quis vestir roupas confortáveis para a viagem de avião, por isso vesti-lhe umas leggings rosas, uma T-shirt branca com flores cor-de-rosa, umas sabrinas brancas e um casaco de malha grossa rosa. Penteei os seus caracóis e pus-lhe uma fita no cabelo. Ela era bastante vaidosa, devido à educação que a tia lhe deu sobre moda desde que nasceu.
Arrumei também as suas roupas e o resto dos seus pertences na sua mala. Quando acabei, o meu telemóvel começou a vibrar no meu bolso. Olhei para o visou e atendi. Era Edward.
“Olá. A Renesmee já acordou?”
- Sim. Já está tudo pronto. Demoras muito?
“Já estou a chegar. Dá-me dois minutos.”
- Ok. Até já. – e desliguei o telemóvel.
Estava nostálgica em relação ao dia de hoje. Sabia que já não faltava muito para nos termos que despedir das pessoas que amamos…
Fui ao andar de cima buscar as malas e pu-las à entrada. Fui outra vez lá em cima para ver se tínhamos tudo nas malas, e fui buscar as únicas peças de roupa que deixei para trás. Os nossos três casacos. Eu e Edward só os usávamos porque era suposto termos frio lá fora, mas a Renesmee tinha mesmo frio, por isso, o dela era bastante quentinho.
Quando cheguei lá em baixo, já Edward estava a por as malas na mala do carro. Vesti o casaco à Renesmee, e sentei-a no banco de trás do carro com o cinto. Sentei-me no banco do pendura e Edward ao volante. E partimos em direcção à reserva.
Combinamos que nos íamos despedir de todos lá. Os Cullens também iam para lá, assim como o meu pai. Iam estar lá todos. Todos os que amo…

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Capítulo 19 “Conversa difícil” Parte II


Olá, leitores! Aqui está a outra parte do capítulo que postei na 2ª. Espero que gostem. Para mim este capítulo é bastante importante para a história... Digam o que acham, e não se esqueçam de votar na sondagem. 
XOXO, Black Roses


         Charlie acedeu ao meu pedido, e sentou-se confortavelmente no cadeirão. A sua cara já não estava divertida. O seu olhar vagueava entre o meu rosto e o de Edward. Ambas as nossas caras estavam tudo menos serenas, o que afectou o estado emocional de Charlie.
Não queria ter que lhe dar esta notícia. Seria demasiado para ele saber. Não o queria fazer, muito menos sozinha. Sabia que Edward me ajudaria, mas a notícia em si tinha que ser eu. Sabia disso. Talvez fosse melhor despejar tudo cá para fora de uma vez, mas preocupava-me com a reacção do meu pai, principalmente com a sua saúde. Mas não queria estar com rodeios, mas ao mesmo tempo tinha que ir com calma.
Sentia os olhos de Edward e de Charlie postos em mim. Decidi retrair o meu escudo, para que, se ficasse atrapalhada, Edward me pudesse ajudar. Este acenou uma vez com a cabeça.
- Pai, preciso de te dar uma notícia infeliz… - a cara de Charlie ficou dura e séria. Olhei a medo para Edward. Este esfregou o meu braço, incitando-me a continuar. – Nós decidimos que nos vamos mudar. – disse calmamente, o que nada reflectia o meu estado emocional interior. Charlie ficou com uma expressão confusa no rosto. Será que ele não tinha percebido o que eu disse? Apressei-me a explicar. – O que eu quero dizer é que…
Edward interrompeu-me e falou ao meu ouvido:
- Espera. Ele percebeu. Na prática percebeu, só não quer acreditar que vais desaparecer já. Espera um bocado. Deixa ser ele a falar.
- O que é que queres dizer com já? Ele já sabia? – também eu sussurrava.
- Acho que sim. Ele já suspeitava que isto ia acontecer mais cedo ou mais tarde.
Desviei a minha atenção novamente para Charlie. Este estava agora incrédulo e horrorizado. Parecia uma estátua.
Contei cinco minutos. Cinco minutos cheios de expectativa e de frustração por não ter o poder de Edward. Passados esses longos e intermináveis cinco minutos, o meu pai falou.
- Acho que não compreendi – a voz de Charlie tremia. Tinha a certeza que ele tinha percebido, mas por vezes os humanos são assim, precisam que lhes digam as coisas duas vezes para assimilarem a informação, por isso expliquei-me o máximo possível.
- Nós vamos sair de Forks. Estamos a pensar ir para o Canadá neste fim-de-semana…
- JÁ??!! – Charlie pôs-se de pé num salto e gritou exasperado. Levantei-me e fui ter com ele.
- Pai, temos que ir o mais rápido possível. – Não me importei se estava a falar de mais. Queria lá saber! - Mas eu prometo, eu juro que te venho visitar…
- Mas porquê? Porquê agora? – O meu pai estava com as mãos na cabeça, e falava como um louco. – Porque é que têm que ir?
Não sabia o que responder. Não podia responder. Mas queria. Queria acabar com aquela farsa entre nós. Com aquela parede que nos estava a afastar cada vez mais e mais… Mas ao mesmo tempo não queria. Sabia que se o fizesse estaria a pô-lo em risco. Sabia tão bem que se um humano soubesse… Não conseguia pensar nisso. Não queria pensar nisso. Não queria deixar o meu pai sofrer psicologicamente, mas sobretudo não queria que ele sofresse fisicamente. Sabia que se eu abrisse a boca ele estaria condenado…
Enquanto eu estava num debate cerebral, Edward aproximou-se de nós, e abraçou-me por trás, dizendo que o deixasse falar. A partir daí, Edward conduziu a conversa, enquanto eu estava o mais calada possível.
- Chefe Swan, sente-se, por favor. – pediu Edward, encaminhando-o para o sofá que há momentos estava ocupado por nós os dois.
Deixei-me ficar estática no sítio onde estava, de pé, de costas para eles. Só depois do meu pai estar sentado é que Edward começou a falar.
- Eu sei que isto é complicado de perceber, mas peço que entenda que nós não lhe pudemos contar nada sobre os nossos motivos. – Edward fez uma pausa, e depois continuou a falar, pelo que supus que estaria a responder aos pensamentos de Charlie. – É para o seu bem, acredite. Se nós lhe respondêssemos a essa pergunta, ficaria em perigo. – Outra pausa. – Não é nada disso. Nunca deixaria a sua filha meter-se no crime. Isso lhe garanto e peço a sua confiança. É um bocado mais complicado do que isso. – Novamente silêncio. Desta vez mais longo. Senti uma deslocação de ar atrás de mim. Olhei de repente. Edward estava colado a mim, a olhar-me com uma cara serena. – O teu pai quer saber. Ou pelo menos uma versão reduzida. – estava a sussurrar, certificando-se que o meu pai não ouvia.
- Não. Ele não pode saber. Já temos problemas suficientes com os Volturi, Edward. – Ele não podia estar a considerar aquilo. – Sabes o que eles iriam fazer. É contra as regras! – também sussurrava, mas de uma forma ríspida.
- Talvez não… - estava pensativo, e era isso que me preocupava. – Não temos que lhe contar tudo… E ele já sabe do Jacob, lembras-te. E ainda não contou a ninguém. Tenho a certeza que se nós não lhe dermos as respostas que ele quer, irá perguntar a outra pessoa que não hesitará em contar-lhe. É melhor sermos nós.
- Visto assim, és capaz de ter razão… Mas eu não consigo, Edward.
- Deixa-me tratar disto, querida. – Deu-me um beijo na testa e dirigiu-se novamente ao sofá, sentando-se ao lado do meu pai.
Eu continuava em pé, mas desta vez estava voltada para eles, pelo que consegui ver a cara de expectativa do meu pai. Estava demasiado entusiasmado… Edward começou a falar bastante descontraído.
- Charlie. – este olhou-o atentamente. – Não lhe pudemos contar tudo. Isso está mesmo fora de questão. – Edward estava sério e determinativo. Charlie parecia uma criança que estava prestes a receber um doce. – Espero que não fique muito perturbado com o que lhe vou dizer, mas… Bem, como já sabe do Jacob Black, não deve haver problema. – Edward tomou uma golfada de ar e prosseguiu. – Não, não somos como ele! -Edward estava ofendido. – Mas também não somos humanos, e tal como ele, não envelhecemos, logo não pudemos ficar no mesmo sítio durante muito tempo. As pessoas começam a falar e a comentar… E como deve imaginar, não queremos que as pessoas saibam, por isso pedimos-lhe que não conte a ninguém.
***Fim do Flashback***

-Bella! Estás aqui? – Edward estava sentado ao meu lado, a beijar o meu maxilar.
- Sim. Desculpa. A Renesmee?
- Já adormeceu… - e disto isto, passamos a nossa última noite em Forks da melhor maneira possível: a recordar os velhos tempos…

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Nova Sondagem

Olá,
Tenho vindo a pensar numa coisa... Quando escrevo algum capitulo, é sempre ao som de uma ou várias músicas. Mas há algumas que se adquam perfeitamente a um capítulo. Eu tenho algumas musicas no iPod da barra lateral, mas há musicas que estão lá que não combinam com o capítulo que estão a ler. Por isso estava a pensar se não preferem que eu ponha uma ou duas músicas em cada capitulo para vocês ouvirem enquanto lêem. Para decidir o que vou fazer peço a todos que votem na sondagem que está na barra lateral esquerda.
Espero saber as vossas opiniões em breve.
XOXO, Black Roses

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Capítulo 19 “Conversa difícil” Parte I


Olá! No outro capítulo tinha referido que talvez o próximo já contivesse as despedidas, mas mudei de ideias. Este capítulo também é bastante importante para ser omitido. Vou dividi-lo em duas partes para não ficar muito extenso, mas também porque ainda não o acabei de escrever :p Espero que gostem, e comentem.
XOXO, Black Roses


Era de noite, e eu estava sentada no sofá da sala da nossa casinha, enquanto Edward estava lá em cima a adormecer Renesmee. Conseguia ouvi-lo a cantar a sua canção de embalar, como muitas vezes me cantou quando eu era humana.
Tinha passado uma semana desde que falara com o Jacob pela última vez. Edward, sempre que eu lhe perguntava se sabia alguma coisa de Jacob ou se conseguia ouvi-lo, ele respondia-me sempre o mesmo, inúmeras vezes:
- Ele não está a pensar racionalmente. Está na forma de lobo, a vaguear pela floresta. Não tem rumo definido.
Sempre que ele me respondia isto, eu ficava preocupada e inquieta, e quando Edward percebia, também me dizia sempre a mesma coisa:
- Não te preocupes, Bella. Ele vai estar aqui. Tenho a certeza!
Esperava sinceramente que Jacob cumprisse com a sua palavra. Esperava que ele entendesse a importância que iria ter para mim, e sobretudo para Renesmee.
Tínhamos resolvido dizer-lhe parte da verdade. Que nos iríamos mudar. Apenas mentimos sobre o factor Jacob. Dissemos-lhe que este iria lá ter quando pudesse. Era melhor assim. Ao menos íamos ter uma despedida verdadeira dos nossos amigos, e sobretudo do meu pai. Este tinha entrado em choque quando lhe dissemos, à três dias atrás, que nos íamos mudar.

***Flashback***
         Hoje vamos “jantar” a casa do meu pai, e pela primeira vez não quero ir, não quero encara-lo. Estava nervosa e ansiosa. Sabia que chegara a altura de lhe contar que iríamos deixar a cidade de Forks em breve. Sabia que não iria ser fácil, por isso íamos só eu e Edward. Dissemos à Renesmee que íamos caçar durante a noite, e que ela iria ficar a dormir na casa grande.

A noite já estava cerrada e encoberta quando nos dirigíamos para casa do meu pai. Não se via nenhuma estrela, nem a lua. As únicas luzes que iluminavam a cidade eram os intermitentes candeeiros de rua, e os potentes faróis do Volvo de Edward. O tempo que estava ameaçava uma tempestade, por isso ninguém andava fora das suas seguras casas.

Tinha os punhos cerrados sobre as minhas pernas, o que reflectia o que reflectia o meu estado de nervosismo. Edward esfregava a minha mão e a minha perna à vez, numa tentativa de me acalmar, enquanto conduzia a uma velocidade demasiado grande para o tempo que estava. Ele próprio não estava muito sossegado, principalmente depois de a Alice ter visto que a reacção de Charlie não vai ser nada boa, e que ele vai pedir justificações. Ainda não sabíamos que explicação lhe íamos dar. Já tínhamos falado sobre isso, e ficou combinado que dizer-lhe-íamos o que ele quisesse ouvir.

 Chegamos a casa do meu pai demasiado rápido, o que me pôs pior. Edward veio-me abrir a porta do carro, e, juntos, dirigimo-nos ao alpendre. Fechei o punho e bati levemente à porta da minha antiga casa. À terceira batida, já um rosto familiar nos abria a porta, o que me levou a pensar que estaria de plantão à nossa espera. Tinha no rosto um sorriso sincero e aliviado, convidando-nos a entrar.

- Bem-vinda, Bells! – disse enquanto me abraçava. Nos últimos tempos, Charlie, tornara-se muito mais emotivo e carinhoso, como se pressentisse que o tempo comigo escasseava.

- Boa noite, Edward! – disse o meu pai, dando-lhe um aperto de mão. Com Edward era sempre mais formal, mas mesmo assim notava-se que até gostava dele. Já tinham passado as suas divergências a partir do meu casamento. Charlie percebeu finalmente que eu só era feliz ao lado de Edward, e que ele também só o era comigo. Era uma evidência que ninguém podia contestar. Já se tornara num facto inalterável.

 - E a minha neta? Não veio? – perguntou, espreitando por trás de Edward.

- Não, pai. Ela estava cansada. Queria deitar-se cedo. – custava-me mentir ao meu pai com tanta naturalidade.

Charlie deu-se por satisfeito com a minha explicação.

Como sempre, desculpamo-nos que não tínhamos fome. Charlie só o perguntava por hábito e por boa educação, pois já sabia qual seria a resposta. Por isso, ficamos a observa-lo a comer aquela comida odiosa, enquanto contava as suas mais recentes peripécias e novidades, e nos perguntava pelas nossas.

O serão foi passado entre gargalhadas e um ambiente descontraído. Já eram perto das dez da noite quando Charlie resolveu ir à casa de banho. Aproveitei a deixa para falar com Edward.

- Está na hora, não está? – perguntei a medo.

- Receio que sim… - Edward também estava cabisbaixo. Segurou-me as mãos entre as suas e beijou-as delicadamente.

Charlie apareceu vindo do andar de cima com um rosto bastante alegre.

- Sabes, Edward. Já que a tua família gosta tanto de fazer caminhadas, gostaria de ir na próxima. Não é que me esteja a fazer de convidado, mas ouvi dizer que vocês costumam ir para fora de Forks, e como eu só conheço esta floresta… Eu costumava caçar, até vos posso ensinar a apanhar alguns animais, se quiserem. Claro que seria só por diversão! – Estremeci ao ouvir tais palavras serem vociferadas por Charlie. Que ironia! Também senti Edward a ficar tenso ao meu lado, mas nos seus lábios estava desenhado um sorriso de divertimento.

- “Só por diversão…” – Edward falou tão baixo que só eu consegui ouvir.

- Pai, acho que isso não seria boa ideia. E também não acho que seja possível. – A expressão de Charlie tornou-se interrogativa.

- Então porquê? Eu sei que já sou um velhote, mas acho que ainda vos conseguia apanhar.

- Duvido. – sussurrei. Era melhor nem entrar por aí e ir directa ao assunto. – Pai, por que é que não te sentas? Precisávamos de falar contigo sobre um assunto… - Apontei para o cadeirão que estava em frente ao sofá onde me encontrava com o Edward.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Capítulo18 “O que é que lhe vamos dizer?”

Olá! Como prometido, está aqui um novo capítulo (apesar de não estar nada de jeito). Espero que o próximo fique melhor e maior. Esse irá ser postado na segunda-feira, como vos tinha dito. Estou a pensar avançar um bocado, e por já no próximo capitulo as despedidas. Mas ainda não sei... Digam o que acham
XOXO, Black Roses


         Ficamos os três aconchegados na cama até o estômago de Renesmee começar a roncar. Já era mais que hora de almoço, e como ela dormiu toda a manhã deve estar cheia de fome.
         - É melhor ir-te preparar o almoço. Essa barriguinha humana deve estar esfomeada! – disse ao esfregar-lhe a barriga. Em resposta, a sua barriga roncou novamente, pelo que nos começamos todos a rir.
         Ia-me levantar, para ir para a cozinha no andar de baixo, mas Edward impediu-me agarrando-me pela cintura.
- Espera dois segundos. – Edward estava ainda com cara divertida.
Para é que ele queria que eu esperasse dois segundos? Não fazia a mínima ideia, mas fiz o que ele disse e contei até dois, assim como Renesmee, que contou em voz alta. Após dois segundos, a porta do quarto abriu-se e Alice espreitou.
- Estava no meu quarto e ouvi um estômago com fome. E visto que és a nossa única humana, vim-te perguntar se queres que te faça o almoço.
- Claro, tia Al. – Renesmee desembaraçou-se rapidamente dos nossos braços e foi a correr até Alice, que a recebeu com um então vamos, fechando a porta do quarto atrás dela.
Já que eu e Edward estávamos sozinhos, queria aproveitar para falar com ele sobre como e quando é que vamos contar à Renesmee sobre a nossa mudança. Será que lhe dizíamos a verdade? Será que lhe contávamos que ela ia perder a memória? Será que ela aceitaria…?
- Estás bem, Bella? – Edward interrompeu os meus pensamentos e pôs-se a olhar muito sério para mim, para tentar perscrutar o meu rosto.
- Sim, claro. Por que é que perguntas? – ele estava a falar de quê?
- Quer dizer, depois da discussão que tiveste com o Jacob ficas-te um bocado abalada… - deixou as palavras esmorecerem à medida que falava. Notava-se que no seu tom de voz estava um sentimento de culpa por ter tocado naquele assunto.
- Sim… A Alice faz milagres… - por isso é que a considerava a minha melhor amiga. Podia ser um “bocadinho” exagerada, mas acima de tudo, conseguia-me alegrar como ninguém.
Edward soltou uma gargalhada e acenou com a cabeça. – Acho que também a puseste bem-disposta e ocupada.
- Faço os possíveis. – disse também com uma gargalhada. Imaginava Alice e Esme no quarto a preparar a mudança, a escolher a casa… Deviam estar deveras ocupadas.
- Então isso quer dizer que estás bem? – perguntou desconfiado.
- Por estranho que pareça, não me sinto mal. Ele precisava de ouvir aquilo que ouviu. Alguém tinha que o dizer. Claro que na próxima vez que o vir lhe vou pedir desculpa, não pelo que disse, mas sim pelo momento em que o disse. Mas ia ficar melhor se me contasses a vossa conversa. – pedi. Também estava curiosa para saber com o que é que se tinham insultado…
- Se queres saber, foi mais civilizada do que eu estava à espera…
- Não acredito! – estava a rir-me às gargalhadas. – Então não houve objectos pelo ar, ou coisa parecida?
- Não! Estávamos no quarto do Carlisle, lembras-te? – Edward não se ria, mas já não estava com uma cara tão séria como à bocado.
- Certo. Respeitar o pai até nos confrontos… - estava a gozar com ele.
- Não houve confronto nenhum! Queres parar de gozar comigo? Para a próxima atiro-me ao seu pêlo! – Edward fingia uma cara de insultado.
- Ok, ok! Conta lá! – tentei parar de rir, mas sem grande sucesso.
(…)
         Afinal tinham tido uma conversa bastante adulta. Mas isso também se deveu ao facto que Jacob já não queria ouvir mais nada. Só queria que o deixassem sair dali. Aliás, tinha sido só o Edward a falar, o Jacob resolveu fazer um género de greve da fala. Apenas comunicava por pensamento. Quando Edward acabou de lhe dizer, praticamente tudo o que eu lhe tinha dito durante a discussão, Jacob saltou pela janela, transformou-se e começou a correr. Mas antes Edward percebeu que a nossa ideia da amnésia não era bem-vinda por parte dele, o que entendi perfeitamente. Também o fez garantir que voltava para se despedir, pelo menos da Renesmee.
Eu também lhe contei a minha conversa com a Alice sobre a mudança, sobre para onde ela me tinha sugerido irmos, as características da cidade… Provavelmente ele já sabia tudo isto, mas pronto… Eu pensava que a decisão final seria do Carlisle, como era óbvio. Mas Edward disse que o Carlisle me tinha dado carta-branca para escolher o sítio para onde íamos passar alguns anos, o que me surpreendeu. Não queria ter essa responsabilidade toda. Mais uma razão para aceitar a proposta de Alice. Ao menos a ideia também era dela…
Também falámos do assunto principal que me inquietava: contar à Renesmee.
- Não acho que seja preciso ela saber a verdade, uma vez que se irá esquecer. Não faz sentido fazê-la sofrer por algumas horas… - Claro que a ideia d Edward não era de todo descabida. Para quê fazê-la sofrer nem que seja um minuto?
- Então dizemos-lhe o quê? Que vamos de férias por uns dias, ou assim?
- Sim. Acho boa ideia.
           - Está bem…. – Não estava muito alegre por ter que contar uma mentira à minha filha, mas era bastante melhor do que lhe contar a verdade. Edward percebeu a minha tristeza interior e abraçou-me. Um abraço apertado cheio de carinho e compreensão.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Postagem da Fic

Hi, people ;)
Como tinha dito ontem, a minha escolinha começa hoje. Como tal não vou continuar a postar todos os dias. O meu horário é de tarde, o que é uma treta! Mas vou tentar postar a fic nos dias que não tenho aulas de manhã, que são às segundas e às quintas :(
Como as aulas ainda não começaram a todo o gás, amanhã ainda vou puder postar mais um capítulo. Mas hoje não consegui escrever nenhum. Ando um bocado atarefada a passar horários e a fazer calendários escolares. Mas prometo que amanhã têm um capítulo novinho, e o próximo na segunda de manhã.
Lá por eu não postar nos outros dias, não quer dizer que não venha ao blog. Vou tentar vir todos os dias pelo menos para responder aos comentários (que felizmente já são mais frequentes!). Mas nesses dias não vou ter tempo para escrever...
Muitos beijinhos a todos os leitores,
Black Roses

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Capítulo 17 “Decisões”


Olá! Mais um capítulo! Acho que este capítulo ficou um bocado alegre demais. Mas isso é influência do meu estado de espírito. Mas acho que a fic estava a precisar. É só tristezas... Ainda não consegui parar com os sorrizinhos. Estou assim desde a meia-noite de ontem. Ai, aquele trailer!...
Mais uma coisa. As minhas aulas vão começar amanhã:( Pois é. Isto significa que se acabaram os capítulos todos os dias... Vou tentar definir dias para postar, mas só vou conseguir fazer isso quando tiver o meu horário nas mãos. Claro que também vai depender dos testes, exames, férias, disposição... Mas vou fazer os possíveis.
E agora vou deixar-me de treta, e aqui está o capítulo. Espero que gostem e comentem muito!
XOXO, Black Roses


         Afastamo-nos um quilómetro da casa grande, para podermos falar à vontade sem ninguém nos ouvir. Paramos no meio das árvores. Estava de costas para Alice, mas mal paramos, esta veio ter comigo e abraçou-me. Ficamos assim, o que me pareceu, uma eternidade! Eu chorava em silêncio contra o seu ombro baixo. E ela esfregava-me as costas para me consolar.
         Depois, finalmente, Alice quebrou o silêncio.
- Vai ver que tudo se vai resolver.
- Não, não vai, Alice. Eu conheço o Jacob. Ele nunca me vai perdoar por tomar esta decisão…
- Talvez tenhas razão, mas ele vai perceber que é a melhor opção.
- Acreditas mesmo nisso?
- Nem por isso. – Alice sorria enquanto dizia aquelas palavras, que supostamente eram de consolo. – Ele consegue ser mais teimoso que o Edward. Que dois que foste arranjar! – agora, também eu me ria. Só a Alice para me por a rir depois do que passou.
- O que me preocupa é ele desaparecer, como já fez antes.
- Sim, parecem crises de adolescência! A fugir aos pais… - Alice continuava a gargalhar. Mas quando reparou que eu já não estava a achar piada nenhuma, pôs uma cara séria. – Não te preocupes. O Edward consegue ser bastante convincente quando quer.
- O que é que queres dizer com isso? – Será que ela sabe o que é que Edward queria dizer ao Jacob à bocado?
- Digamos que o Jacob não vai faltar à nossa despedida.
Certo. Com uma ameaça aqui e uma rosnadela ali, o Edward consegue o que quer. Era bom saber que Jacob estaria lá para se despedir de nós. Principalmente de Renesmee. Sabia que iríamos sofrer muito, mais seria melhor do que ele não estar lá. Era bom saber isso, mas o que me preocupava mais era o depois!
- Suponho que o Jacob não irá aceitar tomar os medicamentos.
- Sabes que não consigo ver o futuro dele, mas com o que ele te disse, suponho que não!
- Já devia estar à espera… - disse eu num suspiro.
- Vê pelo lado positivo. Seria uma carga de trabalhos ensinar um lobo adolescente como se portar! Seria como se ainda fosse um bebé! – Alice tentava animar-me novamente, mas desta vez o meu sorriso foi bastante ténue. – Olha, mas assim ainda lhe vais puder telefonar todos os dias, se quiseres. Ele ainda se vai lembrar de ti!
- Isso se ele quiser falar comigo…
- Oh! Vai querer! Nem que seja para saber da Renesmee. Vais ver que ele não vai ficar muito tempo sem querer saber notícias dela!
- É, és capaz de ter razão! – não estava muito convincente, mas a ideia de Jacob me puder vir a perdoar alegrava-me. – Mas eu disse-lhe coisas tão más à bocado…
- Ele merecia. E se fosse qualquer outra pessoa, tinha dito muito pior! – Imaginava que sim.
- Seja como for, tenho que lhe ir pedir desculpa. Vamos!
- Espera. – Alice puxou-me pelo braço, no momento em que eu ia começar a correr. – Ele já não está lá em casa. Já consigo ver o futuro de todos. Talvez tenhas que deixar as desculpas para daqui uma semana.
- Pedir desculpas e dizer adeus. Grande plano! – disse irónica. Não podia juntar na mesma frase um pedido de desculpas e um adeus para sempre!
- Sempre é melhor que nada! – Alice ficou séria por uns momentos. - E é melhor irmos. O Edward vem à nossa procura. E eu tenho muito para preparar. – disse começando a correr. Fui atrás dela. Mesmo a correr a cem quilómetros à hora, dava para conversar, como se estivéssemos a andar a passo humano.
- Imagino. Vais fazer da nossa mudança uma festa! Só mesmo tu, Alice. – ela encolheu os ombros. Toda a gente sabia que aquela era uma espécie de vocação.
- Já escolhes-te o sítio para onde vamos?
- Estava a pensar no Canadá. Não queria ir para muito longe, sabes? Alguma sugestão?
- Estava a ver que nunca mais perguntavas! – disse Alice eufórica. – Tenho andado a pesquisar e descobri vários sítios agradáveis! – já devia ter adivinhado que a Alice gostava de dar a sua opinião sobre o assunto. – Há um que me agradou particularmente. Fica em Ottawa, a sul do Canadá. E não é assim muito longe.
- Não estava à espera que quisesses viver no meio de uma cidade tão grande. No meio de tantos humanos coscuvilheiros.
- Claro que não ficaríamos no centro! – Alice estava quase ofendida, por eu achar que ela não tinha visto os aspectos todos. Mas logo retomou com a excitação que falava anteriormente. – Descobri uma pequena localidade, bastante a oeste de Ottawa. Estava à procura de localidades pequenas, que estivessem perto de floresta, e assim. O que me chamou à atenção foi o nome. É bastante engraçado! Petawawa.
- O nome tem personalidade!
- Sim! A própria cidade, se é que lhe posso chamar assim, é rodeada de floresta. Tem a maior parte dos dias encobertos. Tem um parque ENORME lá perto. Até podíamos ir a correr até lá! Tem imensos rios, lagos e lagoas. Tem lá um hospital, onde o Carlisle pode trabalhar. Não tem muitas lojas, o que me deixa um pouco reticente. Mas isso procura-se, há de se arranjar alguma coisa. E o melhor de tudo é que não há escola! O Carlisle já não nos pode obrigar a ouvir aquelas matérias pela milésima vez! Espero que não te importes. Se tiveres curiosidade em saber mais alguma coisa que não saibas, tenho a certeza que o Edward não se vai importar de te ensinar. Também vai ser bom para a Renesmee. Seria estranho nós andarmos na escola e ela não puder por causa do crescimento! Mas eu própria me encarrego da sua educação, Bella. Não te preocupes! – Estive a ouvir tudo o que ela me dizia, sem interromper. Alice estava expectante a olhar para mim. – Então, o que achas?
- Acho que é uma boa ideia. Parece-me bem! – Alice começou a bater palmas e a correr aos saltinhos. Era mesmo tola!
- Vou começar já a tratar disso. – disse quando chegamos à porta de entrada da casa grande.
Entramos, e Alice foi logo falar com a Esme sobre a mudança, que ficou tão ou mais excitada que a Alice. Depois ambas subiram lá para cima. Suponho que para o quarto da Alice, para tratarem das coisas!
Eu fui procurar o Edward. Segui o seu odor até ao seu antigo quarto, onde a Renesmee tinha estado a dormir. Ela já deve ter acordado! Já deve ser quase hora de almoço.
Entrei no quarto, e vi Edward deitado na cama, com Renesmee em cima dele. Renesmee estava a rir-se às gargalhadas com as cócegas que o pai lhe fazia. Edward também estava com um sorriso resplandecente ao observar a filha a contorcer-se nos seus braços, a abanar os seus longos cabelos encaracolados.
- Por favor, pai! Pára! Já não consigo aguentar mais! – pediu Renesmee já com as lágrimas nos olhos de tanto rir.
Edward parou de lhe fazer cócegas e abraçou-a contra o seu peito duro e frio. Renesmee também o abraçou e apoiou o queixo no seu peito para falar.
- Isso de não teres cócegas não vale. É batota! – esta ainda arfava.
- Talvez. Mas já tive a minha dose de cócegas quando tinha a tua idade! A minha mãe também me costumava fazer muitas, até eu chorar. Por isso acho que é justo! – Edward deu-lhe um beijo na testa, e ela voltou a falar.
- Adoro-te, papá!
- Também te adoro, querida!
Parecia que estava à parte daquela cena paternal. Uma das cenas mais bonitas que já vi! A expressão completa de ambos era uma coisa única. O que me fazia ficar cheia de remorsos por ter tomado a decisão que irá fazer com que a minha filha se esqueça de momentos como este! Seria para o bem dela, eu sei que sim. Mas custava-ma na mesma.
Nenhum dos dois dera conta que eu estava ali à porta a vê-los. Estavam tão entretidos que nem me sentiram.
- Posso-me juntar a esse abraço? – entrei no quarto com o meu melhor sorriso, e dirigi-me à cama.  

Novo Trailer!!!


Chorei tanto quando vi este trailer ontem no Twilight Portugal! Está fantástico. Na minha opinião está melhor do que o primeiro! Ai, Novembro nunca mais chega....

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Capítulo 16 “Conversa” Parte II


Olá! Muitos parabéns à Bella que faria hoje anos!
Espero que estejam a gostar da fic, e aqui está mais um capítulo. Este está um bocadinho grandinho... Mas espero que gostem, e comentem muito!
XOXO, Black Roses


         Normalmente estaria a remoer na minha cabeça como é que eu lhe ia dizer isto, fazendo o menor número de danos possível. Mas quem estava ali à minha frente à espera que eu falasse, não era uma pessoa normal, uma pessoa qualquer. Era o meu melhor amigo, o homem que um dia amei, um lobisomem com um temperamento bastante compulsivo, uma parte de mim, o homem que amava a minha filha. Ele não merecia que eu estivesse a pensar na melhor maneira de lhe dizer que dentro de pouco tempo a sua vida vai acabar, que lhe íamos tirar a coisa mais importante da sua vida. Não merecia… Tinha que lhe dizer tudo. Tudo o que eu sabia… Sabia que ele ia sofrer, mas sofria de uma maneira ou de outra…
         Resolvi fechar os olhos e dizer toda a informação que possuía por palavras. Sem interrupções, sem hesitações. Por tudo cá para fora.
         - Enquanto tu estavas a dormir e eu estava a adormecer a Renesmee, eles tiveram uma ideia que irá resolver o nosso problema com os Volturi. – Jacob preparava-se para intervir. Se me interrompesse agora, eu não iria conseguir dizer o resto. Iria perder a coragem. Levantei-lhe a mão e abri os olhos. - Não me interrompas! – ele assentiu com a cabeça, e engoliu o que ia dizer. - Como nós teremos que nos mudar em breve, iremos fazê-lo agora. Sabes que os humanos já começam a comentar o nosso aspecto físico. Já desviamos ter mais dois ou três anos do que aparentamos. E com o que os Volturi nos disseram, nós achamos que a melhor maneira de evitarmos o destino, é separar-vos. Eu sei que isto te vai custar imenso, mas também nos vai custar a todos nós. Eu sei que a tua situação vai ser mais complicada e…
         - Quando? – Jacob interrompeu-me sem emoção.
         - No final do mês. – não estava à espera de ser interrompida naquele momento. E se fosse, pensei que ia gritar comigo. – Não podíamos ficar aqui para sempre. Já sabias que isto ia acontecer mais cedo ou mais tarde.
         - Não dentro de uma semana! – Jacob levantou-se da cama e começou a andar de um lado para o outro. Esta cena, e a maneira como as palavras foram ditas, lembraram-me do Verão passado, quando estávamos na sua oficina, e eu lhe disse que ia ser transformada depois da minha formatura. A sua reacção neste momento era semelhante.
         - Jacob, não compliques mais as coisas, por favor…
- Não complico mais as coisas, Bella?! Tu concordas com esta “ideia”? – Jacob berrava. Fez aspas no ar quando disse a palavra ideia. Eu acenei uma vez. – Eu não acredito! – ele estava a tremer de fúria, de medo, de frustração. – Já pensas-te o quanto a Renesmee vai sofrer com a vossa ida? Ou isso não te importa? Não te importa que a tua própria filha sofra? Que raio de pais e família são vocês, que preferem que uma das vossas sofra, a lutar contra um raio de um grupinho de chupadores? Eu luto, Bella! Eu luto pela Renesmee! Eu luto até morrer… - queria interrompê-lo, mas não conseguia. Mesmo sabendo que tudo o que ele estava a dizer tinha solução, as palavras dele não deixaram de ter um peso enorme sobre mim. – Eu faço tudo, mas por favor… Por favor… Não a tirem de mim… - apesar da cara dura que Jacob mostrava, ele estava a chorar. – Sabes que eu não ia aguentar… Por favor, Bella…
Já não conseguia assistir mais àquela conversa. Estava-me a por doida! Eu não o podia fazer sofrer assim. Principalmente sabendo que há uma solução. Fui a correr ter com ele e abracei-o. Era a segunda vez que ele estava neste estado de esgotamento em tão pouco tempo. Eu tinha que o acalmar. Sabia que se a situação piorasse, talvez eu também não conseguisse aguentar. E aí, Edward iria intervir. Resolvi descansa-lo.
‘Eu estou bem. Não venhas. Eu vou tentar resolver as coisas. Se precisar eu chamo-te.’
Voltei a cobrir-me com o meu escudo. Tinha a certeza que Edward tinha ouvido. Agora restava-me cumprir com as minhas palavras. Mas antes, esperei que Jacob parasse de chorar. Seria mais fácil falar com ele, sem ter que ver as lágrimas a escorrerem pelo seu rosto. Contei mentalmente cinco minutos, até ele parar de soluçar. Quando parou, desfiz o abraço, e fiquei de frente a ele.
- Ainda não tinha acabado. – tentei arrancar dele um sorriso, mas o sorriso saiu com ironia. Ele estava à espera de mais alguma coisa má. - O problema que tu estavas a falar à bocado, eu também o coloquei quando soube do plano deles. Eu não quero que vocês sofram, Jacob. – agora já estava séria. Jacob estava com uma cara dura, mas pude distinguir uma ponta de curiosidade. – O Carlisle pensa que tem uma solução para isso não acontecer. Mas claro que haverá consequências. Há sempre consequências… E neste caso são bastante grandes… Não é que vos magoe ou vos faça mal. Não é nada disso! Mas acho que são suficiente grandes para tu não estares de acordo, por isso…
- Diz de uma vez, Bella! – Jacob interrompeu-me pondo-se de pé. Agora, sim, estava bastante curioso. Respirei fundo, e disse tudo de uma vez.
- O Carlisle pensa que uma amnésia induzida será a melhor opção.
- Não estou a perceber!
         - Fazer-vos esquecer de todo o passado. Vocês não irão sofrer por algo que não se lembram. Mas irão esquecer tudo. Essa é a consequência… - falava num tom baixo e culpado.
         - Deixa-me ver se percebi! – falava num tom duro e irónico. – A vossa solução é enfiarem-nos drogas, para que nós nos esqueçamos do resto do mundo, de todas as pessoas que amamos, de todos os momentos bons que passamos, de todos os sentimentos que tivemos, de todas as recordações que temos, de quem somos? Isso é a vossa solução? Bella, ela vai esquecer-se de ti! Tu queres isso? – tinha um tom incriminatório.
         - O que é que queres que eu faça, Jacob? – gritei exasperada. – Antes sofrermos nós, por ela não se lembrar de nós, do que sofrer ela, por se lembrar de como era mais feliz aqui! Eu prefiro isso, Jacob! E sinceramente acho que é a única solução! É que se tiveres uma melhor, fazes o favor de dizer? – ele baixou a cabeça e cerrou o maxilar. – Pois, bem me parecia! Pára de me criticar, quando estás a fazer pior! Se não tens nada de importante para dizeres, então fecha a boca! – estava farta da conversa do Jacob. Sempre a atirar-me com as culpas! Será que não tenho o direito de proteger a minha filha com as opções que me são dadas? – A Renesmee vai fazê-lo. Nada do que tu disseres me vai demover desta decisão. Quanto a ti, não te posso obrigar a escolher esta opção. Compreendo que tenhas mais a perder do que ela. Já viveste mais tempo, tens recordações que não queres perder, e eu entendo. Mas não me estejas a dizer como ser uma melhor mãe, estás ouvir? – Jacob tinha-se afastado mais de mim. – Compreendo que estejas a sofrer mais do que todos, mas isso não é desculpa para teres esta atitude irracional. Está na hora de cresceres e acarretares com as consequências da vida. Nada disto é nossa culpa, muito menos minha, por isso pára de descarregar em mim! – quando acabei de berrar com o Jacob, já sentia umas mão frias na minha cintura. Edward.
         À porta do quarto de Carlisle, estavam todos os Cullens, à excepção de Renesmee, a assistir à nossa discussão. Devia ter calculado que tinham ouvido os nossos berros. Também já não tinha nada mais para dizer ao Jacob. A nossa conversa estava terminada. Quando me dirigia para a porta, senti Edward a retirar as mãos da minha cintura. Ele chegou-se mais perto do Jacob.
         - Temos que falar! – disse com voz de superioridade.
       Já não ouvi mais nada. Corri porta fora em direcção à floresta. Precisava de respirar, depois da discussão com o Jacob. Senti alguém atrás de mim. Reconheci o odor imediatamente. Alice. Ainda bem que ela tinha vindo. Precisava de desabafar com a minha melhor amiga.