quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Capítulo 23 “É hoje?”






Olá, minha gente! Já não escrevo há séculos...! Será que ainda tenho leitores? :p Bem, já tinha saudades disto, mas com tantos testes, e ainda por cima os últimos do período, não me podia distrair com nada! Este capítulo não é nada de especial, mas como já o tinha começado, decidi acabá-lo!
Espero que gostem do quarto...
XOXO, Black Roses

A realidade apoderou-se de mim quando os primeiros raios de sol entraram pela janela. Estava encostada ao meu amor, deitada na nossa cama, apenas coberta por um fino lençol branco. Olhava, ainda deslumbrada, para as paredes do nosso novo quarto. Nunca pensei que a Alice se lembrasse de fazer algo tão maravilhoso como isto…
- Em que estás a pensar? – perguntou Edward, depositando um beijo na minha testa. – Deixei de ouvir os teus pensamentos durante a noite…
- Era impossível estar concentrada… - retirei o escudo, e no mesmo instante, na minha mente, passaram inúmeras imagens da noite anterior. – Mas não era nisso que estava a pensar. – agora ele pode ver todas as fotografias, que estavam dispostas nas paredes do nosso quarto, na minha mente.
- De facto, a Alice fez um excelente trabalho. Já há muito tempo que queria que tu me mostrasses fotografias tuas em bebé, mas agora posso apreciar todas as fases da tua vida, olhando, apenas, para as paredes…
- Desconfio que até Renée esteve envolvida. Algumas das fotos nem eu as tinha visto, e outras reconheço-as de álbuns que estavam na minha casa. – As paredes do nosso quarto estavam cobertas de fotos nossas, dispostas de ordem cronológica, intercalas, ora uma minha, ora outra de Edward. Formavam um álbum de fotografias que nunca podia ser escondido num canto, nem, após passar as páginas, simplesmente fechá-lo. – É engraçado, já tínhamos falado da tua vida anterior como vampiro, que, apesar de não saber como eras, suspeitava que só mudava a roupa, mas nunca te tinha imaginado como eras em criança. Afinal eras uma criança normal…
- Mortal, queres dizer. – interrompeu-me Edward, com a voz taciturna.
- Não vamos discutir agora que preferias continuar mortal, que assim eu não tinha passado pelo que passei, blábláblá… Se não te tivesses tornado vampiro nunca me conhecias, nem eu a ti. Por isso deixa-te disso. – olhei para ele séria, à espera que ele tirasse aquela cara de carrancudo de uma vez. Eu já o conhecia bastante bem, por isso insisti, até que finalmente ele pôs um sorriso forçado. Para já era o máximo que ia ter, por isso dei-me por contente, e voltei a admirar aquele rapazinho loiro, todo sujo com lama. – Apenas estava a querer dizer que nunca tinha pensado em como eras antes. Em criança. Já estou bastante habituada à ideia de seres assim, perfeito para sempre, sem nunca mudares. E ver-te a fazer as mesmas caretas e palermices que eu fazia quando também era criança, parece irreal e absurdo.
- Com a diferença que tu eras muito mais bela. - Edward já sorria mais um pouco, enquanto admirava uma foto minha a pôr a língua de fora. - E tinhas muita mais personalidade, acredita.
- Discordo. Até em criança e mesmo coberto de lama, eras perfeito. Uma criança adorável! Já eu… - fiz uma careta ao lembrar-me de algumas birras que tinha feito.
- Davas assim tanto trabalho aos teus pais? – perguntou Edward a rir-se da minha deixa.
- Pode dizer-se que não gostava que os outros me dissessem o que fazer, por isso argumentava.
- Gostava de ter visto. Pergunto-me se estarás mais teimosa agora…
- Talvez… A idade intensifica tudo. – disse a rir às gargalhadas. Edward juntou o seu riso perfeito ao meu.
Começamos a ouvir algum movimento no quarto do lado. Renesmee estava quase a acordar.
         - Por mais que gostasse de continuar aqui contigo, temos que dar atenção a um ser mais pequenino. – Edward começou-se a levantar enquanto falava.
Levantei-me, também, de um salto, juntando-me a ele no nosso novo e parcialmente cheio roupeiro. Enquanto estávamos a decidir o que vestir, resolvi começar um assunto ao qual precisava de respostas.
- Quando é que achas que o Carlisle lhe vai dar os medicamentos? Achas que vai ser hoje? Será que vai resultar? Ela não se vai magoar, pois não? E se ela não quiser? Temos que lhe dizer? Será mais fácil dizermos que é um medicamento normal? E se…? – estava a dizer tudo de rajada, sem dar tempo a Edward para me responder, quando ele me tapou a boca com os seus dedos, a fim de me calar.
- Sssshhh! Uma pergunta de cada vez, Bella. – repreendeu-me. – Respondendo às perguntas que percebi: é bastante provável que seja hoje, pois quanto mais tempo passar, e quantas mais vivências ela tiver, mais terá que esquecer, e nós não queremos isso, pois não? – Edward já me destapara a boca, mas mesmo assim era melhor não dizer nada, ou arriscava-me a ele me calar novamente, por isso limitei-me a acenar com a cabeça uma vez. – Ainda bem. – disse satisfeito. – Sinceramente, penso que irá resultar com sucesso, sem trazer nenhum dano a Renesmee. Talvez tu tenhas razão. Nós não lhe devíamos dizer a verdade, pois não sabemos como é que ela irá reagir. É melhor jogar pelo seguro, e dizer-lhe que é…. – Edward estava pensativo a tentar arranjar uma solução pior que um problema de matemática, enquanto eu pensava na roupa que ia vestir. Por aqui faz bastante frio, por isso é melhor vestir qualquer coisa quente, antes que tenha as pessoas a dizer-me que me vou constipar… É claro! O que é que os humanos têm quando estão num clima bastante frio?
- Gripe! – exclamei. – Podemos dizer-lhe que ela deveria tomar a vacina da gripe para não se constipar. Nem sei se é possível ela ficar doente. Pelo menos nunca ficou. Mas ela não sabe isso… E sempre é melhor do que lhe dizer que a vamos fazer esquecer da vida toda. – fui desanimando à medida que falava. Continuava a não concordar com esta ideia, mas visto que não há uma melhor, tenho que a aceitar. Por um lado, a minha ideia era bastante boa, assim, Renesmee, não iria ter um choque ao dizermos-lhe que queremos que ela esqueça tudo o que conhece até agora, mas por outro lado, custava-me mentir-lhe por uma coisa que a implicava tanto…
Enquanto eu estava a matutar neste assunto, Edward encarava-me pensativo, enquanto analisava os meus pensamentos confusos.
- Mas se separares os prós e os contras, verás que os prós são bastante superiores. Concordo com tudo o que disseste e pensas-te, mas penso que a tua ideia será benéfica.
- Talvez tenhas razão, mas eu só não quero tomar uma decisão prejudicial para ela, percebes? – disse, ao agarrar-me a ele para o abraçar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Capítulo 22 “Casa nova, vida nova” Parte III





Olá! Não me matem, mas tive tantos testes nestas semanas... Não consegui escrever quase nada, e estava a ver que nem hoje ia conseguir postar. Mas lá consegui, por isso aqui está. Espero que gostem, e não se esqueçam de comentar!
XOXO, Black Roses
 P.S. Desculpa Inês, mas só hoje é que consegui vir ao computador, por isso só vi o teu comentário hoje de manhã. Ainda dá para votar? Se não der, ficas já a saber que a tua foto era de longe a melhor, por isso de certeza que deves ter imensos gostos. Boa sorte, e espero que ganhes! Beijinhos 


         A boa disposição estava instaurada, o que me deixava satisfeita, pois afinal não ficamos assim tão abalados com a nossa saída de Forks. Ou pelo menos, bastou-nos ter outra distracção para nos esquecermos do estado em que estávamos à algumas horas atrás. Não queria estar a pensar nisto tão cedo, mas é inevitável olhar para uma floresta, principalmente tão bonita como a de Forks, e não pensar no Jacob e no meu pai. A esta hora, o Jacob ainda não devia ter dado nenhumas notícias, ou seja, ainda estava na forma de lobo, e o meu pai devia estar na esquadra sem nada para fazer. Agora que nós saímos dali, já não deve haver por lá mais visitas indesejadas, por isso a criminalidade devia descer de uma forma significativa, logo o meu pai não devia ter muito para fazer… Provavelmente consideraria uma reforma precoce…
         A Renesmee ainda não tinha tocado no assunto Jacob desde que levantamos voo. Apesar de lhe termos mentido sobre o facto de Jacob vir ter connosco mais cedo ou mais tarde, ela deve ter percebido que não seria assim tão cedo como isso. E além disso não deve faltar muito para termos que lhe dar as tais injecções para ela se esquecer de tudo… Será que seria ainda hoje…? Isso teria os seus prós e contras…
         Edward deu-me a mão, apertando-a com força. Ele tinha estado a ouvir os meus pensamentos, claro! A sua cara já não estava feliz como à pouco… Sorri-lhe em resposta.
         ‘Não te preocupes! Vou tentar esquecer isto durante um bocado, está bem? Ignora-me. Eu sou uma tola… Não devia estar a pensar nisto agora…’ – ele acenou afirmativamente com a cabeça, e deu-me um beijo na testa em sinal de compreensão.
         Alice, que estava a olhar para nós os dois para tentar perceber o que se passava, também sorria.
         - Vamos continuar a visita? Ou querem ficar só por este andar? Ainda temos mais três, incluindo os quartos… - disse Alice de forma sugestiva.
         - Vamos a isso, mana! – disse Emmett a entrar na brincadeira.
         Todos nos começamos a rir novamente, principalmente depois de Esme e Carlisle fazerem cara de desentendidos. Este clareou a voz e falou:
         - Deixem-se disso! Vamos lá ver o resto da casa! – aposto que se conseguisse, Carlisle, estaria neste momento a corar. Soltamos novamente mais algumas gargalhadas perante o seu envergonhado comentário.
         - Pronto, pronto. Vamos lá! – disse Alice, abrindo uma das porta de vidro da sala.
         Passamos o resto do dia entre exclamações de espanto, admiração e aprovação à medida que passávamos de divisão para divisão. Esta casa estava-se a revelar uma verdadeira surpresa! Claro que não era de estranhar quando o clã Cullen está envolvido, principalmente quando a Alice e a Esme trabalham em conjunto! Esta nossa nova casa parecia um verdadeiro castelo de quatro andares! No piso térreo encontrava-se a sala, a cozinha, a sala de jantar, uma biblioteca enorme que também seria o escritório de Carlisle, e uma varanda enormíssima. No piso que seria a cave era a garagem, onde cabiam à vontade uns oito generosos carros. Também fiquei a saber que havia uma passagem directa da estrada para a garagem, coisa que não reparei quando chegamos. No primeiro piso encontravam-se os quartos pertencentes a Alice e Jasper, a Rosalie e Emmett, a Esme e Carlisle, e um atelier para as criações de Alice ao lado do quarto desta. Assim, o segundo piso iria ser para mim, para Edward e para Renesmee.
         - Como vocês estavam acostumados a ter o vosso próprio espaço, resolvemos dar-vos um andar só para vocês. – disse Carlisle com uma voz formal. Então o Carlisle sempre era cúmplice…
Este piso parecia a nossa casinha, mas só de um andar. Uma parte da mobília que estava na nossa antiga casa, encontrava-se espalhada pelo piso, de forma a relembrar-me da minha vida passada. Era um género de uma sala de estar com um sofá e uma lareira, e tinha duas portas, onde deviam ser a entrada para os quartos. Nunca pensei que a Alice fosse fazer isto! Quando ela disse que queria tirar toda a mobília da casa, pensei que o iria fazer para esta não se estragar devido à degradação, ou qualquer coisa parecida… Mas tinha quase a certeza que ela preferia comprar tudo novinho!
- Era essa a ideia dela. – Edward estava concentrado nos meus pensamentos desde que entramos na nossa nova “casinha”, pelo que sempre que achava oportuno respondia-me. – Eu estive a falar com a Alice sobre tentar preservar alguma da essência que tínhamos na nossa casa, e ela aceitou. Deixou este piso quase a meu critério…
- Quase? - disse eu a rir-me. Claro que a Alice tinha que estar metida em tudo, por isso obviamente que não podia deixar o irmão ficar encarregue de uma parte tão importante da casa…
- Pois… É mais ou menos isso. Se reparares algumas coisas não são obra minha, e a Alice fez questão de tratar dos quartos…
Depois de escutar as palavras de Edward, deitei outra olhada à divisão. As paredes tinham sido forradas a madeira, o que dava a todo o piso um aroma intenso a carvalho, tinha uma lareira antiga com o sofá que estava na nossa casinha em frente, também estavam lá a mesa e as cadeiras de madeira escura que também pertenciam à decoração da nossa casa antiga. Aquela divisão tinha um aspecto bastante acolhedor, principalmente depois de eu saber que tinha sido tudo feito pelo meu amor.
- Pensei que preferisses alguma coisa que te fizesse lembrar de Forks, e que não fosse muito exagerada, mas, como tu hoje disses-te que já não te importavas com as extravagâncias, fiquei um bocado preocupado que tu te decepcionasses…
- Não. Claro que prefiro assim. Já tive a minha dose de extravagância, por isso precisava de alguma coisa acolhedora e com recordações. Está prefeito… - cheguei-me mais perto dele, e beijei-o de forma intensa. Edward envolveu-me no seu abraço enquanto me retribuía o beijo.
- Truz-truz! Desculpem interromper… - Alice apareceu das escadas com a Renesmee nos braços. – Já percebi que gostas-te do trabalho de decorador do Edward.
- Está perfeito! Melhor do que eu imaginava… - disse a mais pura das verdades, sendo o mais sincera possível.
- Ainda bem. Eu tinha algumas ideias para aqui, mas vendo bem até ficou bastante bem. – disse Alice enquanto pousava Renesmee no chão. Esta veio a correr ter comigo e saltou para o meu colo.
- Está lindo, não está mamã?
- Está muito bonito! Gostas-te, não gostas-te? – perguntei enquanto acariciava os seus cabelos.
- Sim. E o meu quarto é fantástico!! – Renesmee estava super animada com aquilo tudo.
- Vamos lá ver isso… - disse Edward encaminhando-se para a porta de madeira da esquerda. Eu, Renesmee e Alice seguimo-lo, e Edward, com um gesto teatral, abriu a porta do quarto.
A minha filha tinha razão. Fantástico era dizer pouco… Aquilo parecia um quarto saído de um filme de princesas. Qualquer criança adoraria aquele espaço! Quem me dera ter tido um quarto destes quando tinha a idade dela… 
Era bastante amplo, tinha uma cama enorme cheia de peluches de todos os tamanhos e feitios, pelo chão estavam espalhados brinquedos variados… Naquela divisão predominava o rosa, o lilás e o branco. Mas não estava de todo piroso ou exageradamente cor-de-rosa. Também do lado oposto da porta, havia uma porta enorme de vidro, que dava acesso a uma varanda bastante generosa…
Reparei que havia uma porta enorme de madeira branca que ocupava quase uma parede inteira. O que é que seria aquilo? Pensei que fosse uma ligação para o nosso quarto, mas esta ficava do lado oposto, era demasiado grande, e para além disso já havia uma porta do tamanho “normal” que de certeza que ligava ao meu quarto. Será que ela a ligação para outra divisão? O que é que seria aquilo? Edward sentiu a minha curiosidade a aumentar à medida que pensava mais e mais.
- Tens a certeza que não adivinhas? – perguntou ele com um sorriso irónico. Eu encolhi os ombros. Será que era assim tão óbvio? – Oh! Vá lá! Qualquer quarto em que a Alice esteja envolvida tem um daqueles. E em ponto grande… - Alice olhava para nós a rir-se, enquanto que a Renesmee se dirigia à tal porta, abrindo-a.
- Claro! Como é que eu me pude esquecer! – disse a rir-me e a abanar a cabeça. - Um roupeiro! Claro que só podia ser isso! O que mais poderia ser?
O roupeiro era quase do tamanho do quarto, ou seja, era gigante. Mas isso já era de esperar vindo da Alice. Agora já percebi porque é que ela quer ir às compras… Tem que encher os roupeiros! E se muito me engano, no meu quarto está um igual ou talvez maior, visto que somos dois, que este.
- Agora é a vossa vez! – disse Alice a cantarolar.
Saímos do quarto da Renesmee, onde esta ficou a brincar com os seus mais recentes brinquedos juntamente com a Alice, enquanto eu e Edward fomos ver o nosso quarto. Tinha as expectativas bastante altas quanto ao que a Alice preparou para nós. Mas estava igualmente satisfeita pois Edward também iria ser surpreendido, tal como eu!
Fiquei especada em frente à porta, com Edward a trás de mim à espera que eu entrasse primeiro. Esta era a porta que dava acesso a uma nova vida, e isso não podia ser tomado de ânimo leve. Agora seria oficialmente a minha despedida definitiva da minha antiga e adorada vida em Forks. A partir de agora nada seria igual, à excepção da minha família, tudo iria ser novo, e isso era assustador. Era a porta para o desconhecido, a porta da mudança. A mudança que marcava o termo à minha vida humana e monótona, e dava início à minha vida vampírica cheia de surpresas e novidades a toda a hora. Era tempo de mudar. Bastava um passo para toda a minha anterior realidade ir por água abaixo. Agora eu seria diferente. Seria uma mulher diferente. Seria uma pessoa diferente. Seria a outra parte de mim. A parte que eu escolhi. A parte que seria melhor para mim. Seria Isabella Cullen.
          Edward deu-me a mão e apertou-ma com força, e assim, de mãos dadas entramos no nosso pequeno mundo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Músicas

 



Olá! Duas novas músicas que pertencem à banda sonora de Amanhecer parte I! Amo as duas! São tão perfeitas... A letra de cada uma delas é totalmente a história de Edward e Bella! Já ando com elas na cabeça...
Para quem ainda não viu, já se podem comprar os bilhetes para ir ver Amanhecer na Zon Lusomundo. Pelo menos já dá on-line... Não dá já para todos os cinemas... mas para onde eu quero ir já dá, por isso já tenho bilhete!! Tenho pena de não poder ir à estreia, mas como tenho aulas na sexta às oito e um quarto da manhã, não dá muito jeito. Mas ninguém me vai impedir de estar lá dia 18!!

Muitos beijinhos,
Black Roses

P.S. Desculpem não ter postado, mas estou em época de testes, e quando começam são quatro por semana, por isso não tenho mesmo tempo para escrever... E na próxima semana vai ser a segunda rodada! Já tenho meio capítulo escrito, e quando conseguir acabar venho aqui posta-lo logo que conseguir!
Espero que compreendam...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Capítulo 22 “ Casa nova, vida nova” Parte II


Olá! Já trago a descrição da nova casinha dos Cullens! Para a descrever, inspirei-me numa já existente, que eu achei muito bonita e adequada a eles. É uma verdadeira casa de sonho situada perto de Pittsburgh, estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Se quiserem ver a casa original, podem vê-la aqui!Claro que não é totalmente igual à que eu descrevi, mas é muito parecida.
XOXO, Black Roses

Abri os olhos. À nossa frente erguia-se uma casa bastante moderna, mas ao mesmo tempo rústica. A casa tinha quatro andares, era bastante geométrica, quase no estremo da casa, havia uma escadaria que dava acesso a todos os andares, apesar de ter janelas bastante grandes, a privacidade dentro da casa parecia bastante acolhedora. O tom das paredes no lado de fora era meio amarelado, o que combinava com o tom da terra e das árvores que a rodeavam, mas a estrutura da casa era em pedra cinzenta bastante rugosa. Com essa mesma pedra, também tinham construído duas chaminés situadas perto das escadas. Do lado esquerdo da escadaria estava a casa em si, e do lado oposto estava uma espécie de terraço com alguma água, o que me pareceu uma piscina. Para que é que a Alice quer ali uma piscina com este frio?
A casa em si já era bastante imponente, mas o ambiente que a rodeava completava, sem dúvida, a imagem em si. Conseguia ouvir, não muito longe, o barulho de água a cair. Quase que apostava que havia uma cascata por baixo da casa, ou talvez várias. Para além da água a cair, também se ouvia o barulho de um rio. Devia ser para lá que a água estava a cair…
Toda a gente estava admirada. Alguns até estavam de boca aberta, tal como eu, a apreciar aquela mansão! Ouviam-se assobios, exclamações… Estávamos todos perplexos, excepto a Alice que envergava um sorriso triunfante, satisfeito, contente, e ansioso por mais. Pelo tamanho gigantesco da casa, tinha muito por mostrar. Olhei para Esme à espera de encontrar uma cara parecida com a da Alice, mas em vez disso, também ela estava maravilhada. A Alice só a deve ter ajudado com a decoração! Também Edward estava estupefacto. Eu pensei que ele já sabia como era a casa. Segundo o que ele me disse, a Alice estava tão entusiasmada com a nova casa, que não conseguia esconder os pensamentos do irmão, tal como tinha feito muitas vezes, quando preparava uma surpresa. Renesmee ainda permanecia no colo de Edward, e esta estava de boca aberta e olhos esbugalhados. Só lhe faltava começar a cair baba!
- UAU! – disse finalmente Renesmee. – É fantástica, tia! É perfeita!
- Esmeraste-te Alice! Está muito bonita, filha! – aprovou Carlisle.
- Agora já sabemos para onde fugia o dinheiro! – troçou o Emmett, mas como ninguém lhe ligou, ele decidiu acrescentar. – A sério, maninha, está muito boa! – agora já estava a ser sincero, pelo que a Alice sorriu em tom de obrigada. Mas este não ficou assim por muito tempo… - Aposto que nos vamos divertir à grande aqui, não é Rose? – esta respondeu-lhe com uma cotovelada.
Rosalie dirigiu-se a Alice passou-lhe o braço pelos ombros e disse:
- Está linda Alice! Como tudo o que tu fazes… Bem dizes-te que esta casa ia ficar para a história!
- Obrigada Rosalie! Mas ainda vou precisar da tua ajuda para uma coisa, mais tarde. Digamos que a casa ainda não está completamente acabada…
- Tudo o que quiseres, já sabes!
- Depois falo contigo. Vamos entrar? – perguntou Alice, novamente com a sua voz chilreante.
Todos a seguimos até à porta principal. Alice tirou a chave do bolso, rodou-a na fechadura, e abriu a porta de madeira maciça. Devia ser pesada… Conforme entramos, fomos logo acolhidos por um ar quente e confortável, que emanava do interior. Entramos no hall de entrada, onde se encontravam vários cabides, bengaleiros, bancos corridos, e por baixo dos bancos, estavam dispostas vários pares de botas de neve. Praticamente toda a decoração interior era em madeira, ou nos seus tons, o que dava à casa um ar de casa de montanha. Todos penduramos os nossos casacos, e seguimos em direcção à sala. Esta divisão era bastante ampla e luminosa. O chão era em pedra castanha alaranjada, havia bastantes tapetes, o que aquecia a divisão, vários sofás e cadeirões, cobertos por mantas castanhas e laranjas, estavam dispostos de forma inteligente pela sala, acompanhados de várias mesas de apoio. No tecto havia uma forma quadrada em vidro, onde saiam raios de luz artificial. No lado direito da sala, onde havia maior concentração de sofás, estava uma lareira bastante grande, acompanhada por um plasma. Em frente à entrada, encontravam-se quatro portas de correr, que davam acesso a uma varanda enorme, de onde se podia apreciar todo o esplendor desta paisagem maravilhosa. Isto estava fantástico!!
Depois de termos elogiado Alice, fomos explorar o resto da casa. Estava ansiosa para ver a continuação desta maravilha, principalmente, queria ver o que é que a Alice fez nos nossos quartos…
A cozinha também era ela em pedra, mas era bastante ao estilo americano. Nesta divisão havia uma porta para o exterior, que dava acesso à varanda partilhada com a sala. Abri a porta de vidro e saí lá para fora, fechando a porta atrás de mim, para não arrefecer a casa, aquecida a aquecedor central. Tal como imaginei havia uma cascata a nascer por baixo da casa, sendo esta água depositada no rio que passava mesmo ao lado da casa. Por onde corria a cascata, encontravam-se pedras gigantes, o que lhe dava um ar de montanha. Aquilo era mais bonito do que eu pensava…
Senti a porta da sala a abrir-se, e de lá saíram os restantes Cullens. Todos se dirigiram a mim, também deslumbrados com a paisagem.
- Pensávamos que já te tinhas perdido, Bella! – gozou o Emmett. Este aproveita sempre a oportunidade de mandar uma graçola para o ar. Todos se riram do seu comentário, até eu.
Estava debruçada sobre o parapeito da varanda, juntamente com o Edward e Alice. Os restantes estavam, alguns também apoiados no parapeito, e outros simplesmente descontraídos a olhar em volta. Apercebi-me que faltavam ali uns dentes a tremer… Onde estava a Renesmee?
- Ela foi ver o seu quarto novo! E está maravilhada… - respondeu-me Edward.
- É! Parece que acertei, pelo menos com uma… - disse Alice.
- Aposto que está a adorar isto tudo! E tenho a certeza que todos também vamos gostar dos nossos quartos, Alice. – foi a vez de Esme falar.
- Se não gostarem, podemos sempre trocar, mas a culpa não seria inteiramente minha. A Esme também ajudou! –Alice estava a fazer beicinho, mas por outro lado estava bastante excitada com tudo o que estava a acontecer. – Então, Bella, gostas?
- Estás a gozar?! Está fantástico, Alice! Não podia ser melhor. Pensas-te realmente em tudo!
- Está claro! Mas ainda bem que gostas! Afinal é a ti que tenho que agradar mais! A ti e à minha sobrinha! Afinal é a primeira vez que vocês fazem isto! Nunca se tinham mudado connosco!
- É uma experiência que quero repetir, sem dúvida! Mas não já! – acrescentei de imediato, antes que desse alguma ideia parva à Alice. Todos se riram de mim, e da minha exclamação. Estava um ambiente bastante descontraído, tal como eu gostava…
- É verdade, Alice, tu dizes-te que precisavas da minha ajuda para acabar a casa. Pensei que tu tinhas dito que tinhas conseguido acabar tudo a tempo… - respondeu Rosalie a olhá-la interrogada, tal como todos nós.
Edward desatou-se a rir à gargalhada, o que me assustou. Não estava à espera da sua reacção. Todos olhávamos para ele, para tentar ver onde estava a piada…
- Pára com isso, Edward! Sabes muito bem que é verdade! Não te esqueças que aqui é mais frio, e não podemos dar nas vistas! – disse Alice num tom sério.
Agora foi a vez de Carlisle, Jasper e Rosalie começarem a rir-se. Eles já tinham percebido, mas eu, a Esme e o Emmett continuávamos na lama.
- A Alice ainda agora chegou e já quer dar um desbaste no centro comercial mais próximo. – disse o Carlisle ainda a rir-se.
- Pelos vistos a roupa que nós trouxemos não enchem os novos armários! – agora foi Edward que falou.
- Conta comigo mana! – também Rosalie ainda se ria, mas estava entusiasmada com a ideia das compras numa nova cidade.
Agora já todos nos ríamos, incluindo a Alice!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Capítulo 22 “Casa nova, vida nova” Parte I






Olá olá! Aqui está mais um capítulo! Eu sei que disse que ia postar às segundas e quintas, mas agora que entrei no ritmo da escola dá-me mais jeito que seja às terças e sextas. Fica na mesma duas vezes por semana. Pode não parecer uma mudança muito grande, mas para mim faz uma grande diferença!
Espero que gostem do capítulo e não se esqueçam de comentar!
XOXO, Black Roses


A viagem de quatro horas sem dormir no avião passou relativamente depressa. Mal aterramos, fomos buscar as nossas malas, e pusemo-nos a caminho da nossa nova casa em caros alugados.
Como era de esperar, quando chegamos estava a chover. Já me tinham avisado que a casa ficava bastante longe de Ottawa, mas não estava à espera de uma viagem de duas horas e meia pela auto-estrada, a quase 200km/h. Essa viagem foi mais chata e aborrecida do que a de avião. Pelo menos não tinha que me manter controlada para não matar ninguém… Numa coisa a Alice tinha razão, a paisagem era bastante bonita. Só havia verde há nossa volta. A Alice também tinha dito que íamos ter um parque natural perto da nossa casa, o que era bom. Sempre variávamos a ementa…
Para além da melancolia toda que sentia em relação a este lugar, estava bastante ansiosa por ver onde íamos passar alguns anos das nossas eternas vidas. Era de esperar que a casa fosse enorme, rodeada de bosques, cheia de divisões e mobiliário caríssimo. Isso era bastante previsível, mas mesmo assim estava desejosa de a ver. Apostava que era linda, uma casa de sonho…
- E se eu te disser que a casa até é bastante modesta e que a Alice quis uma coisa mais simples desta vez? – perguntou Edward. Estava a escutar os meus pensamentos, e eu ainda não estava muito habituada a isto…
- Respondia-te que então não estávamos a falar da mesma Alice! Ela nunca iria permitir isso, e SE isso acontecesse, ia ficar deveras desiludida com a grandiosa família Cullen!
- Pensei que gostavas de coisas mais simples…
- Já me habituei a extravagâncias!
- É bom saber… Então já não repelas prendas caras? – disse com um sorriso provocador no rosto.
- Nem te atrevas a oferecer-me já um carro, Edward Cullen!
- Gostei desse já na tua frase. Quer dizer que não te importas de ser daqui a um bocado?
- Sempre muito observador. E sempre muito engraçadinho…
- Está bem, está bem. Como queiras. Mas tiras a piada toda! E não te vais escapar assim tão facilmente…
- Tenho a certeza que não… Mas estavas a falar a sério quanto à casa? – perguntei com uma pontada de preocupação. Estava habituada a ouvir o Edward a falar das suas antigas vidas e das suas exuberâncias, e quando eu me vou mudar com eles a primeira vez é que eles resolvem fazer uma coisa modesta desta vez?
- Achas? – estava-se a rir às gargalhadas dos meus pensamentos… - Se a Alice endoidecesse, a Esme tratava de por tudo no seu devido lugar. Por acaso, acho que é a maior em que já estivemos… Elas esmeraram-se…
- Que parvo! Aquelas duas juntas… Mas é assim tão grande…?
- Sim. Mas já não me arrancas mais nada, Isabella Cullen…
- Sabias que és mesmo irritante, quando queres? – disse com uma cara chateada.
- Quando quero consigo ser quase tudo… - lá estava outra vez o olhar provocador… Pelo que ignorei.
- Olha, mas falta ainda muito?
- Não. – suspirou. – Já estamos a chegar. Olha! Ali à frente já é o início da cidade. – olhei em frente e li uma placa que dizia ‘Bem-vindos a Petawawa’.
- E a casa fica muito afastada?
- Nem por isso. É claro que não é no centro…
- Está bem… E sabes onde é?
- Relativamente. Mas é melhor deixar a Rosalie passar à frente, para a Alice nos poder indicar o caminho. – dito isto abrandou a velocidade, deixando a Rosalie passar por nós. Enquanto no ultrapassava, Alice, que ia no banco de trás com Jasper, sorriu-me! Aquele sorriso presunçoso que só ela sabe fazer… - Ela teve uma visão em que tu ias adorar a casa… - suspirei. Era esquisito já saber quais iam ser as minhas emoções ou reacções antes de as ter…
O resto da viagem foi passado muito lentamente. O “nem por isso” do Edward, era cerca de mais quarenta e cinco minutos de carro.  Claro que me lamentei, barafustei e reclamei o tempo todo! Edward tentava falar comigo de vez em quando, mas a conversa não passava de: “O que é que achas deste sítio? Tem bastantes bosques! E por aqui não costuma ter sol! Gostas?” O assunto não costumava sair muito daí, pois até ele já estava entediado com a viagem, e já não tinha mais nada para dizer. Graças a Deus que a Renesmee acordou a meio da viagem de carro! Não sei a onde é que ela vai arranjar tanto sono… Depois dela acordar o ambiente ficou mais divertido, mas mesmo assim…
A uma certa altura, meti a mão na minha carteira, e tirei o iPod de Edward. Pus os phones nos ouvidos, encostei a cabeça ao vidro do carro, fechei os olhos e pus-me a seguir a batida da música, desligando-me do que se passava à minha volta. Este era o estado mais próximo de dormir que eu conseguia.
‘Acordei’ quando senti o carro a abrandar, e quando a Renesmee começou literalmente a saltar e a gritar “Estamos a chegar, estamos a chegar!”. Abri os olhos e tirei os phones, desligando a música. Olhei à minha volta e reparei que estávamos a abandonar a estrada principal, e a enveredar por um caminho mais estreito e ladeado de árvores por todos os lados. Esse caminho já estava todo arranjado, e liso, para facilitar a passagem dos carros. Também com os camiões TIR que já devem ter passado por aqui… Edward riu-se do meu pensamento.
- Vejo que já estás mais bem-disposta! E sim, foram alguns!
- Tal como pensei…
Este caminho, sim, já não foi muito comprido. Em cerca de dez minutos o carro parou ao pé de umas árvores. Será que a casa não tem garagem?
- Tem. Mas como vamos ter que devolver os carros ainda hoje, não vale a pena pô-los lá. – respondeu-me Edward com um sorriso de quem está prestes a revelar uma surpresa. E estava…
Abri a porta do carro mal o motor do carro parou. Já não aguentava mais um segundo dentro daquele carro a cheirar a humanos. Esta é uma desvantagem de alugar carros, sem dúvida… Quando saí, fui banhada por umas pingas de água que se colavam à minha roupa e cabelo. Senti que o ar estava bastante frio. Talvez tão frio como era em Forks em pleno Outono, apesar de estarmos na primavera. Forks…
Fui à mala buscar o casaco da Renesmee, vesti o meu e passei o outro a Edward que tinha acabado de sair do carro. Abri a porta à Renesmee, que já se encontrava sem cinto, e esta saltou cá para fora.
- Que frio, mamã! – disse ela a encolher-se e a esfregar as mãos. Vesti-lhe logo o seu casaco grosso, pus-lhe um gorro cor-de-rosa na cabeça, e dei-lhe umas luvas a combinar com o gorro para as mãos. Ela calçou logo as luvas e esfregou as mãos enquanto eu vestia o meu casaco.
- Já estás mais quentinha? – perguntou Edward a esfregar-lhe os braços.
- Sim, papá. Já estou melhor. – respondeu Renesmee, pendurando-se no pescoço de Edward. Este pegou nela de imediato, aconchegando-a no seu casaco.
- Isto aqui é  mais fresquinho, não é? – perguntou Edward ao seu ouvido. Esta abanou a cabeça em sinal de concordância.
- Vão ficar aí ao frio ou querem ver a casa? – perguntou Alice já ao meu lado e a empurrar-nos em direcção a uma brecha entre as árvores. Reparei que essas árvores eram diferentes das outras. Estas eram maiores e mais imponentes que as restantes, como se estivessem a dar as boas vindas. Todos os Cullens já vinham atrás de nós, seguindo a Alice.
- Fechem os olhos! – disse a Alice, com uma voz bastante satisfeita. – Não vale fazer batota Emmett! Vá! Venham por aqui.
Todos seguimos a sua voz, o que não era difícil, pois mesmo que não a ouvíssemos, seguíamos o seu odor bastante conhecido. Alice mandou-nos parar cerca de uns cem metros do local onde estavam os carros. Pareceu-me que estávamos entre aquelas duas árvores…
- Já podem abrir! – disse Alice com uma voz chilreante e triunfante.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Capítulo 21 “Ida”


Olá! Definitivamente prefiro escrever capítulos grandes! Mais uma vez atrasei-me na postagem de fic, mas agora a culpa foi do meu humor. Ontem não estava assim muito famosa... Mas já acabei, e já postei. Isso é que interessa. Espero que gostem, e digam o que acham!
XOXO, Black Roses


Os três carros dos Cullens formavam uma fila pela estrada fora, com o Volvo conduzido pelo Edward à frente, seguido pelo Mercedes conduzido pelo Carlisle, e o BMW conduzido pela Rosalie. Cada vez que Edward ultrapassava um carro, os outros dois faziam o mesmo, sem se aproximarem ou afastarem um milímetro do Volvo. Estava tudo coreografado. Apesar da velocidade que íamos, cerca de 190 ou 200 km/h, a viagem até Seattle ainda devia demorar mais ou menos uma hora.
Olhei pelo retrovisor, e vi Renesmee a olhar para o seu novo colar. Estava a admira-lo de todos os ângulos, a rodá-lo entre os dedos… O colar era realmente bonito, feito de uma pedra dura e fria, em forma de lobo, numa tonalidade de ferrugem. Jacob tem imenso jeito para trabalhos manuais, apesar de que este lhe deve ter levado uma eternidade. Renesmee prometeu-lhe que nunca o ia tirar, e no que dependesse de mim, assim seria, a menos que ela própria o quisesse tirar mais tarde. Isso já era com ela… Também eu ainda usava a minha pulseira. O meu presente de formatura com um lobo e um diamante, em que ambos simbolizavam os meus dois grandes amores.
Jacob… Será que ele vai cumprir a sua promessa, ou neste momento já anda atrás de nós? Sei que ia ser muito difícil para ele manter-se afastado, tal como para mim ia ser difícil tê-lo afastado… Apesar de tudo continuava a ser parte de mim. Continuava a amá-lo. Talvez não tanto como quando era humana, mas ainda o amava. E ele ainda me amava a mim… Mas agora tinha uma pessoa que o podia amar de volta, e com todo o seu coração, e nós tiramos-lhe essa pessoa. Não era justo! Claro que tínhamos que o fazer, ou caso contrário os Volturi tratavam do assunto, o que seria mil vezes pior, pois só iria sobreviver um, e eu sabia bem que era…
Comecei a pensar na minha conversa com o Jacob, principalmente no seu inesperado abraço. Mas acima de tudo pus-me a pensar na falsa esperança que lhe dei. E se não fosse assim tão descabida? E se um dia mais tarde a Renesmee se lembrasse dele, ou o encontrasse e quisesse ficar com ele? Nós não a podíamos impedir, certo? Seria a decisão dela. Nós apenas a podíamos aconselhar a não o fazer, nada mais. Se a decisão dela for ficar com ele e lutar, nós apenas temos que a apoiar. Ia ser difícil aceitarmos isso, mas tínhamos que o fazer…
Edward ainda não se tinha manifestado quanto aos meus pensamentos. Estava bastante calado, mas podia notar que estava concentrado neles. Também ele devia estar a assimilar a informação. Para além disso, ele também estava triste por ter que abandonar Forks. Apesar de ele já ter feito isto mais vezes, nunca um sítio foi tão importante para ele. Foi aqui que ele encontrou o amor. Foi aqui que ele encontrou o seu lado humano, já há um século perdido. Foi nesta cidade que ele viveu ao lado do seu amor durante três anos. Foi aqui que ele teve de lutar e matar alguns da sua espécie. Foi aqui que ele teve de lutar pelo amor de quem amava. Foi aqui que ele se casou pela primeira vez. Foi aqui que teve uma filha nos braços. Claro que tudo isto também me entristecia. Ter que deixar o nosso lugar mágico, o lugar onde fomos mais felizes que nunca…
Edward pegou na minha mão, que estava pousada sobre a minha perna, e beijou-a delicadamente. Parecia um cavalheiro a cumprimentar uma senhora no século passado…
- Vou ter saudades…
- Eu também… - disse virando a sua mão para cima, beijando-a também.
- No século passado não era assim. – ambos nos rimos do seu comentário.
Virei a cabeça para trás e vi já uma Renesmee adormecida. Ela hoje está sempre a dormir…
- Ela não dormiu grande coisa durante a noite. Estava bastante agitada com o dia de hoje…
- Eu sei. Mas depois não sei o que é que ela vai fazer no avião!
- O mesmo que nós! Tentar não atacar os humanos…
- Ela controla-se bem. E eu, digamos que tenho uma ajudinha…
- Tens sorte em ter essa habilidade, sabes? É bastante rara.
- Não me estava a referir à habilidade. Estava-me a referir a ti.
- Não te posso valer de muito…
- Claro que podes. Primeiro prendes-me à cadeira, e segundo beijas-me. Fico logo bem controlada!
- Se for assim tão eficaz é fácil! Mas tu não costumas ser uma pessoa fácil…
- Nem tu uma pessoa que desiste à primeira! – ele apenas sorriu em resposta.
O nosso diálogo ficou por ali. Como já não me podia distrair com a conversa com Edward, só me restava continuar a matutar no mesmo assunto.

(…)

Continuei a pensar nas saudades que ia ter daquilo tudo, da falta que me ia fazer, no Jacob, no meu pai, etc. até chegarmos ao aeroporto de Seattle.
Fomos arrumar os carros na garagem do aeroporto, onde já estava à espera o comprador dos carros. Entregamos-lhe as chaves, fomos buscar carrinhos para a bagagem, e subimos até ao piso térreo do aeroporto. Faltavam ainda duas horas para o embarque, mas como o check-in já estava aberto, resolvemos despachar já as malas. Não queríamos andar em grande grupo, pois daria muito nas vistas. Ficou combinado que nos encontraríamos todos na porta de embarque daqui a duas horas. Formamos grupos mais pequenos, e dispersamos. Alice e Rosalie queriam ir comprar lembranças. Tinham esperança de encontrarem alguma coisa que tivesse a ver com Forks. Carlisle e Edward iam ver se encontravam alguns livros para se entreterem na viajem. Edward queria ficar comigo, mas eu sabia que ele preferia ir com Carlisle, por isso insisti que ele fosse. Eu, Esme e Renesmee íamos à parte dos restaurantes para a Renesmee comer alguma coisa. Emmett e Jasper… preferia nem saber…
Apesar de não conhecer o aeroporto, não foi difícil descobrir onde eram os restaurantes. Era só seguir aquele cheiro enjoativo e demasiado doce… Havia bastante por onde escolher…
- O que é que te apetece comer, querida? – perguntou Esme, também ela a fazer alguns trejeitos subtis com o nariz.
- Hummm… Pode ser um hambúrguer? E depois podia comer um gelado? – Renesmee olhava para mim, com um olhar de súplica.
- Está bem, está bem. Aproveita agora, porque depois não vais comer estas porcarias! – parecia mesmo uma mãe embirrenta a falar. Não esperava ficar neste estado tão cedo… Há uns meses atrás também eu adorava “estas porcarias”. Tinha que ser mais benevolente com a minha filha. Mas hoje não. Hoje não estava nos meus dias, definitivamente.
- Boa! Obrigada, mamã! Vamos?
- Vai com a avó, querida. Eu vou… Vou arranjar uma mesa, está bem? – aquela fila de humanos… Era melhor manter-me afastada…
Renesmee acenou com a cabeça, agarrou-se ao braço de Esme e puxou-a até ao McDonald’s. Olhei à minha volta, e a uns cem metros estava uma mesa vazia e bastante isolada. Perfeito! Enquanto passava pelas mesas para chegar ao meu alvo, todos os olhares estavam posados em mim. Alguns estavam de boca aberta, a olhar fixamente, a assobiar, a mandar piropos, … Ainda bem que o Edward não estava comigo…
Cheguei finalmente à mesa, e sentei-me numa cadeira que ficava de costas para aqueles humanos parvos… A fila para os hambúrgueres ainda era bastante grande, por isso tinha que arranjar alguma coisa para fazer até elas chegarem. Não queria voltar ao mesmo e pôr-me a lamentar o que fiz… Mas não podia deixar de estar preocupada com o Jacob. Mas o que é que eu podia fazer? Não lhe podia ligar… Quer dizer, podia, mas ele não ia atender, e quando visse a chamada eu provavelmente estaria no avião, pelo que não poderia atender, e ele ia ficar preocupado e pensar que tinha sido alguma coisa com a Renesmee… Ai, que novela! Não podia ligar ao Jacob mas podia ligar a outra pessoa… Peguei no telemóvel e marquei o número.
“ Estou?”
“Olá. Seth. É a Bella.”
“Ah, Bella! Não estava há espera que ligasses. Está tudo bem?”
“ Sim. Está tudo bem! Eu liguei para saber do Jacob. Imagino que ele não esteja…”
“Não… Ele ainda não apareceu… Ele disse que queria ficar sozinho.”
“Claro. Compreendo perfeitamente… Achas que vai ficar… fora, muito tempo?”
“Não sei. Mas é provável que sim… Os pensamentos dele não andavam muito simpáticos…” – suspirei. Era normal ele odiar-me neste momento. – “Mas não era nada contra vocês!” – apressou-se a acrescentar. “Era com aquelas sanguessugas italianas!” – comecei a rir-me ao imaginar o que é que Jacob estaria a pensar sobre elas. Provavelmente verdades que lhes deviam ser ditas... “Devias de ter ouvido…!” – também Seth gargalhavam.
“Adorava! Mas agora a sério. Ele estava muito mal?” – perguntei a medo.
“Nada que ele não consiga ultrapassar… Vai ser difícil, mas ele há-de conseguir safar-se!”
“Espero que tenhas razão… Eu vou continuar a ligar para saber notícias.”
“Ainda bem! Também quero saber notícias vossas!”
“Eu prometo! Vê se cuidas do Jacob por mim…”
“Vou fazer os possíveis…”
“Está bem. Nós já estamos no aeroporto. Depois dou notícias. Adeus, Seth. E obrigada!”
“Claro. Sempre às ordens!”
Desliguei a chamada, e olhei para trás. Renesmee já vinha com o seu tabuleiro enorme, e com Esme atrás dela. Sentaram-se na mesa, e Renesmee devorou o seu hambúrguer e batatas fritas num instante. Quando ela acabou saímos da zona de refeições. Esme e eu já não aguentávamos aquele cheiro horroroso…
Estivemos a “passear” pelo aeroporto durante o resto do tempo. Ainda nos cruzámos com Alice e Rosalie duas vezes. Da primeira vez ambas traziam consigo um saco de compras, mas da segunda vez, cada uma já vinha com cinco ou seis! Só mesmo elas! O que é certo é que as duas horas passaram a correr. Sem darmos conta já estavam a chamar para o embarque, e nós estávamos do outro lado do aeroporto. Claro que a distância não seria problemas para nós, caso não tivéssemos milhares de humanos à nossa volta. Mas lá conseguimos chegar a tempo, não sei bem como. Fomos quase os últimos a embarcar!
Entramos no avião, e os restantes Cullens já estavam sentados. O avião era bastante grande, e estava quase cheio, o que não era propriamente bom… Sentei-me nas filas do meio, entre o Edward e a Alice, e Jasper estava ao lado desta. A Renesmee ia à janela ao lado de Rosalie, com Emmett atrás. Este estava à beira de uma senhora de idade, que lhe fazia umas caras… Estava bem acompanhado… Rosalie só se ria da cara dele! Do outro lado, também à janela, iam Esme e Carlisle.
- Compras-te muitos livros… - disse, ao remexer nos sacos que Edward tinha aos seus pés.
- Tinha que me entreter com alguma coisa…
- Obrigadinha! – ele começou-se a rir da minha exclamação.
‘Já não sou suficiente para te entreter?’
- Claro que és! A tua mente é deveras interessante… Mas tenho que me distrair de outras tentações. – disse olhando em volta.
- Ah! Posso ler um também?
- Claro! Comprei dois para ti, para o caso de quereres. Mas tenho uma coisa que te deve alegrar mais. – meteu a mão ao bolso, e estendeu-me o seu iPod. – Acho que não vou precisar dele. Comprei mais livros do que estava à espera…
- Obrigada! – peguei no leitor de músicas e comecei a ver que músicas é que ele tinha para ali… - E se vais ler, não queres esta distracção, certo? – disse apontando para a minha cabeça.
- Claro que quero. Nunca digo não a uma entrada livre à cabeça da Isabella Cullen! – começamo-nos a rir.
- Então agora andas sem escudo? – perguntou Alice, a meter-se na conversa.
- É! Estou a fazer os possíveis para me controlar!
- Que sorte maninho!
A boa disposição estava sem dúvida no ar, quando o avião descolou. Estávamos todos a mandar bocas uns aos outros, bastante baixas para os humanos ouvirem. As bocas, normalmente, destinavam-se ao Emmett. Coisas do género ‘A meio da viagem já tens a velha a babar-te em cima!’ e coisas assim…
Adeus Forks, casa grande, minha casinha, prado, recordações boas, pai, Jacob, lobos… Adeus!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Capítulo 20 “Despedidas” Parte III


Desculpem, desculpem. Eu sei que devia ter postado ontem, mas a minha net estava estúpida... Este capítulo é bastante grande. Pensei em dividi-lo ao meio, mas já estava farta de o dividir em partes, por isso vai tudo de enxurrada. Espero que gostem, e comentem!
XOXO, Black Roses


- O Jake chegou! – Renesmee estava aos saltos ao meu lado, a puxar-me na direcção da floresta.
- Renesmee! – repreendi. – Ele já vem. Espera um pouco! – mas já era tarde de mais. A Renesmee já tinha largado a minha mão e foi a correr em direcção ao uivo. Abanei negativamente a cabeça. Ela era impossível! Tínhamos que forçar a sua educação de uma maneira drástica.
Estava concentrada no que a Renesmee tinha feito que nem reparei que o meu pai se encontrava ao meu lado.
- Ela… ela é… rá… rápida! – o meu pai olhava perplexo para o ponto em que a Renesmee tinha desaparecido.
Ups! Ai, menina Renesmee! Nem tinha dado conta que ela foi a TODA a velocidade para a floresta. E o meu pai tinha visto! Respirei fundo. Ele já sabia, certo? Só nunca tinha visto! Espero que não tenha ficado com medo… Olhei para Edward, que acenou negativamente com a cabeça. Ainda bem! Mais tarde ia perguntar-lhe o que é que o meu pai pensou… Até agora isto de me manter sem o escudo estava a correr bastante bem…!
- É! Desculpa pai! Ela não devia ter feito isto. A excitação para ver o Jacob novamente é bastante grande. Ela não se controlou…
- É um pouco estranho ver isto com os meus olhos… - Charlie já estava recomposto. Agora falava com excitação. – Aquilo era o… - não conseguiu acabar a frase.
- Sim! O Jacob gosta de entradas dramáticas! – gargalhei com o assunto, e Charlie também esboçou um sorriso.
Enquanto nos estávamos a rir apareceu um lobo enorme com pêlo da cor da ferrugem, com a Renesmee no dorso agarrada ao seu pelo espesso. Os olhos do meu pai quase saíram das órbitas ao ver aquele cenário.
- Aquele é o Jacob? – perguntou o meu pai, depois de já ter clareado a voz umas três vezes.
- Sim. Pensei que já o tinhas visto!
- E já vi. Ele fez questão de me mostrar… Mas já não me lembrava que era tão grande!
- Ele impressiona qualquer um…
Renesmee estava, agora, deitada sobre Jacob, abraçada ao seu pescoço, a fazer-lhe festinhas na cabeça. Os olhos de Jacob estavam ternurentos, e depois pousaram em mim… Pelo menos não me pareciam raivosos. Já não era mau…
- Hey, Jake! – disseram todos os membros da alcateia.
- Ainda bem que chegas-te, filho! – Billy tinha um sorriso emocionado no rosto. Também ele já não o devia ver há uma semana. Ele não devia fazer isto ao pai…
- Não é perigoso a Renesmee estar ali?
- Não. O Jacob não lhe faz mal! Isso te garanto!
- Imagino que sim…
- Jacob! Vai-te transformar meu! – disse Seth.
- Sim! Se tu podes estar assim, eu também quero! É muito mais cómodo. – foi a vez de Jared opinar.
O meu pai continuava um pouco atarantado. Aquela conversa era um pouco demais…
- Não lhes ligues! Eles são um bocado infantis. Vou buscar a Renesmee. – Dito isto, dirigi-me, a uma velocidade humana, ao sítio onde Jacob e Renesmee se encontravam. – Renesmee, deixa o Jacob ir transformar-se.
- Mas mamã…
- Eu sei que ele é mais simpático assim. É fofinho e tudo! Mas convém que fale um bocado! – ao dizer isto passei-lhe a mão pelo pêlo. Ele respondeu com um rugido de poucos amigos. Todos atrás de mim se riram. – Eu sei Jake! Também cheiras pior assim! Anda lá Renesmee. – Peguei-a ao colo e dirigi-me novamente para a beira do meu pai. Ainda consegui ouvir o Jacob a deslocar-se novamente para a floresta. – Minha menina, mais tarde falamos, ouviste? – Renesmee acenou com a cabeça, com cara de culpa.
- Desculpa mamã…
- Depois falamos. Agora não. – disse enquanto a pousava no chão, ao lado do meu pai.
- Desculpa avô. Foi sem querer… - Renesmee estava a fazer beicinho a mirar o chão. Esta menina era bastante manipuladora. Ela sabia que se o avô não se importasse, então eu já não me podia chatear com ela…
- Não faz mal querida. Eu tenho que me habituar… - Ora aí está! Mais uma vitória para a menina Cullen. Edward riu-se do meu pensamento.
Senti uma deslocação de ar, e voltei-me para trás, onde Jacob vinha da floresta. Este apenas tinha uns calções rasgados, para além do cheiro a cão molhado bastante forte. Que horror! Ele veio na nossa direcção, e a Renesmee correu até ele a uma velocidade vampírica. Já era a segunda vez hoje… Jacob pegou nela ao colo e continuou a percorrer o espaço que nos separava.
- Estão todos à minha espera? – perguntou Jacob. Não estava furioso, o que era bom, mas o seu rosto estava frio e pesado.
- Claro! – respondeu prontamente a Renesmee, que ainda estava aninhada no seu colo, com um sorriso contagiante.
- Ainda bem! – respondeu-lhe Jacob também a sorrir.

(…)

O resto da manhã foi desenrolando naturalmente. Toda a gente estava no seu humor habitual. Era assim que os ia relembrar, com um sorriso na cara, e com umas piadas sempre na ponta da língua. Jacob não largou a Renesmee o tempo todo, ora andava com ela ao colo, de mão dada, ou com ela ao seu lado. Renesmee não se importava nada! Ela adorava o Jacob… Isto vai custar tanto…
O nosso voo estava marcado para as três da tarde. Mas como íamos de carro até ao aeroporto de Seattle, teríamos que sair de Forks por volta da uma da tarde, para a Renesmee ter tempo de ainda almoçar no aeroporto. Não íamos fazer nenhuma escala, por isso íamos ficar cerca de quatro horas metidos num avião com centenas de humanos à nossa volta. Depois de aterrarmos em Ottawa alugávamos três carros e íamos para a nossa nova casa.

(…)

Quando já eram meio-dia e quarenta e cinco, Carlisle começou a olhar propositadamente para o relógio. Edward acenou positivamente uma vez com a cabeça e sussurrou-me ao ouvido:
- Bella, está na hora…
‘Eu sei…’
Dirigi o meu olhar para o local onde Jacob estava sentado num dos troncos com a Renesmee ao colo. Estavam bastante entretidos a falar, ou melhor a gozar, sobre os humanos. Aquela conversa era um bocado parva… Mas estavam a rir-se um com o outro, e isso é que importava!
Queria deixar Jacob para último, porque depois de falar com ele, já não ia ter pachorra para falar com mais ninguém… Por isso, fui-me despedir do resto da alcateia, juntamente com os restantes Cullens. Estas despedidas foram bastantes curtas e despachadas. Depois chegou a hora de falar com o meu pai…
- Pai, está na hora de irmos embora… - comecei.
- Eu sei filha… Vou ter imensas saudades tuas, querida. – e abraçou-me, pelo que retribui. - Vais fazer-me falta todos os dias… Quero que saibas que és a pessoa mais importante para mim!
- Oh, pai… Também vou sentir tanto a tua falta… Só queria puder ficar, mas sabes que não posso… Mas prometo ligar-te todos os dias, está bem?
- Acho bem que não te esqueças. Eu posso ir visitar-te, certo?
- Sim, claro que podes. Eu depois dou-te a nossa morada. Até te dava já, mas a Alice não me diz nada. Já sabes como ela é…
- Está bem. Vou tentar ir, sempre que puder…
- Acho que vais ter bastantes folgas. Vais ver que o crime vai estar mais calmo que nunca…
- Espero que sim. E tu? Também vens?
- Não sei, pai. Talvez… Nós temos medo que as pessoas nos reconheçam…
- Podem pintar o cabelo, ou encherem-se de maquilhagem…
- Tenho a certeza que a Alice ou a Rosalie arranjam uma solução. Vou fazer os possíveis, mas não posso prometer…
- Eu sei, eu sei… - Charlie desfez o nosso abraço, e começou a esfregar os olhos atrapalhadamente.
Ele estava a chorar… Era bom saber que lhe ia fazer falta… Sorri e desviei a minha atenção na direcção de Jacob e Renesmee. Agora ele fazia-lhe cócegas e ela ria que nem uma desalmada. Também Jacob se ria das suas gargalhadas.
- A pequena vai fazer-lhe falta. – Charlie também olhava para o mesmo sítio que eu.
- Eu sei. Custa-me ter que os afastar… - respondi-lhe melancolicamente.
- Eles hão de superar… Ainda são miúdos. E como tu me disseste há dias, a Renesmee vai esquecer-se dele. E ele… Ele há-de ir ao sítio.
- Espero que tenhas razão. Promete-me uma coisa.
- Tudo o que quiseres…
- Dá apoio ao Billy nos próximos tempos, está bem?
- Ao Billy? Não te enganas-te na pessoa?
- Não. A não ser que queiras andar a fazer uma caça ao lobo… Deixa o Jacob para aqueles que o podem acompanhar, pai. Mas se muito me engano, o Jacob vai andar desaparecido por uns tempos…
- Ele já fez isso durante um mês…
- Algo me diz que desta vez vai ser durante mais tempo…
- Não te preocupes. Deixa o Billy comigo!
- Obrigado pai. Fico mais descansada…
Estava na hora de falar com o Jacob, por isso fui ter com eles.
- Renesmee, por que é que não te vais despedir do avô e dos lobos?
- Está bem, mamã. Até já Jacob! – dito isto, foi a correr e saltou para as costas de Seth. Quase que o deitava ao chão… Eu e Jacob rimo-nos em uníssono, como nos velhos tempos. A expressão de Jacob já estava calma e tranquila.
- Está na hora, não está? – perguntou Jacob a medo.
- Sim… - a expressão de Jacob ficou agora triste e indefeso. – Lamento Jacob. Não só por isto, mas também pelo que te disse há uma semana atrás. Aquilo saiu-me. Eu não devia ter-te dito aquilo. Desculpa…
- Eu estava a merecê-las, Bella. Na altura fiquei irritado, mas agora compreendo o teu ponto de vista… Também é difícil para ti, não é?
- Mais difícil do que tu pensas… - Jacob nem me deixou acabar a frase. Abraçou-me e murmurou-me uma desculpa ao ouvido. O Jacob a abraçar-me? Eu hoje já tinha sido surpreendida por abraços mais do que uma vez… O que era bom, mas a última pessoa que eu pensava que me ia abraçar, acabou de o fazer! Sabia bem estar abraçada ao meu melhor amigo… Fazia-me relembrar todos os momentos que passamos juntos, todos os momentos em que ele esteve lá para mim… Nunca me ia esquecer disso. Nunca me ia esquecer dele. Este abraço ia ficar gravado na minha memória para sempre… Também eu o abracei com muita força, para que ele sentisse que o abraço também era bem-vindo da minha parte. Tal como começou, também quebrou o abraço.
- Vamos deixar estas lamechices. És muito fria e dura… - disse Jacob com um sorriso trocista. Por debaixo daquela máscara de felicidade e gozo, estava uma tristeza à espera para arrebentar, e quando isso acontecesse ia ser feio…
- Pois… E tu estás a cheirar mesmo mal, Jacob! – respondi-lhe à letra.
- Olha que tu…
- Chega desta parvoíce! – que conversa tão parva! – Temos mesmo que ir embora, se não a Renesmee não tem tempo para comer alguma coisa de jeito! – disse-me já a levantar. Jacob pôs-se de pé num salto e virou-se para mim com cara séria.
- Vocês já não voltam, pois não? – acenei negativamente com a cabeça. – Mas para onde vão? Se não for muito longe eu posso ir a correr ou assim… - a fúria e a raiva já tinha passado há muito, no lugar delas estava o desespero e a frustração.
- Jake… Tens que perceber que não há volta a dar. Quem me dera haver…
- Está bem… Mas para onde vão?
- Não podes ir lá.
- Já sei, já sei… Mas diz-me.
- Prometes que não vais?
- Sim, prometo. – não estava com uma cara muito confiante. Sabia que a parte humana dele estava a prometer que não iria, mas a parte lobo, a parte da impressão ele não conseguia controlar assim tão bem. Mas mesmo assim resolvi dizer-lhe.
- Vamos para Ottawa, no Canadá. Mas não te vou dizer exactamente onde. – se ele quisesse podia descobrir. Só precisava de apanhar os nossos odores. Provavelmente ia-me arrepender disto, mas não conseguia deixar de lhe dizer nada…
- Não é muito longe… - já estava pensativo…
- Jake… Tu prometes-te!
- Eu sei, eu sei. Mas só de pensar que nunca mais vou vê-la. Não vou puder cuidar dela, brincar com ela, vê-la crescer… Vou ter tantas saudades… Não sei se vou aguentar… Bella, sem ela eu não sou ninguém. Eu não sou nada… - pelo rosto de Jacob já escorriam lágrimas grossas.
- Tu vais-te aguentar, ouvis-te? Tu consegues! Tu vais conseguir… Pela Renesmee! E… - não lhe queria dar falsas esperanças, mas ao menos assim ele teria alguma… - E se um dia, quando a Renesmee for adulta ela quiser voltar? – Jacob olhou para mim instantaneamente. – Se ela quiser voltar nós não pudemos interferir. Ela irá fazer as suas escolhas! Se essa for a dela, é bom que estejas aqui para ela, ouvis-te? Atreve-te Jacob! – Ele já estava a sorrir por um lado animado, e por outro esperançoso. Era melhor que ele estivesse assim, ao menos não ia fazer nenhuma asneira… - Agora vá! Vai-te despedir dela para irmos embora!
Jacob procurou a Renesmee, e quanto ela olhou para ele, ele agachou-se e abriu os braços. Renesmee foi a correr para os seus braços, atirando-o ao chão, e ambos começaram-se a rir.
- Promete que nunca te vais esquecer de mim.
- Claro que não, Jake. Eu nunca me poderia esquecer de ti. És o meu melhor amigo!
- Vou sentir muito a tua falta, Nessie… - disse Jacob abraçando-a no chão.
- Eu também. Quando é que vais ter connosco? – perguntou Renesmee retribuindo o abraço.
Jacob olhou para mim, e eu fiz um trejeito com a boca, que se assemelhou a um sorriso de culpa.
- Não sei, Nessie. Não posso abandonar um bando de lobos à solta! – Renesmee começou a fazer uma cara triste. - Mas depois vê-se! – acrescentou de seguida. – Tenho uma coisa para ti! – Jacob foi ao bolso dos calções rotos e tirou de lá um colar, com uma pendente. Pô-lo à volta do pescoço de Renesmee, e ela segurou-o entre os seus pequenos e finos dedos. O pendente era um lobo cor de ferrugem em pedra. Era parecido com a pulseira que ele me deu, mas este era muito mais trabalhado e perfeitinho.
- É muito bonito. Nunca mais o vou tirar! Assim já não me posso esquecer de ti! Obrigada! – deu-lhe um beijo de agradecimento na bochecha.
- Fui eu que fiz… Assim já tens uma coisa minha!
- Tens muito jeito, Jake! Prometo que vai andar sempre, sempre comigo. – agora foi a Renesmee que o abraçou, ao qual o Jacob correspondeu de imediato.
- Pronto. Agora já tens tudo. Tens que ir embora, Nessie! – levantaram-se, sacudiram as roupas e vieram ter comigo e com o resto dos Cullens, que já estávamos ao pé dos carros.
- Adeus avô! – Renesmee deu um beijo ao Charlie, e de seguida a todos os membros da alcateia.
- Adeus pai! – também depositei um beijo na cara do meu pai, ao qual ele me correspondeu com um abraço.
Renesmee estava abraçada ao Jacob, com ele a derramar algumas lágrimas que teimavam em cair. Quando se afastara, Jacob apenas proferiu:
- Vou estar sempre à tua espera…
Edward foi pô-la no carro, enquanto eu me despedia do meu melhor amigo com outro abraço.
- Vou-te ligar todos os dias, está bem? Eu conto-te tudo, prometo! – sussurrei-lhe ao ouvido. Ele acenou afirmativamente com a cabeça, e largou-me.
Entrei no carro, pus o cinto, apertei a mão ao meu amor, e arrancamos rumo a Seattle.
Olhei para trás e vi um enorme lobo a correr em direcção à floresta. O seu auto-controlo tinha finalmente quebrado…