quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Capítulo 23 “É hoje?”






Olá, minha gente! Já não escrevo há séculos...! Será que ainda tenho leitores? :p Bem, já tinha saudades disto, mas com tantos testes, e ainda por cima os últimos do período, não me podia distrair com nada! Este capítulo não é nada de especial, mas como já o tinha começado, decidi acabá-lo!
Espero que gostem do quarto...
XOXO, Black Roses

A realidade apoderou-se de mim quando os primeiros raios de sol entraram pela janela. Estava encostada ao meu amor, deitada na nossa cama, apenas coberta por um fino lençol branco. Olhava, ainda deslumbrada, para as paredes do nosso novo quarto. Nunca pensei que a Alice se lembrasse de fazer algo tão maravilhoso como isto…
- Em que estás a pensar? – perguntou Edward, depositando um beijo na minha testa. – Deixei de ouvir os teus pensamentos durante a noite…
- Era impossível estar concentrada… - retirei o escudo, e no mesmo instante, na minha mente, passaram inúmeras imagens da noite anterior. – Mas não era nisso que estava a pensar. – agora ele pode ver todas as fotografias, que estavam dispostas nas paredes do nosso quarto, na minha mente.
- De facto, a Alice fez um excelente trabalho. Já há muito tempo que queria que tu me mostrasses fotografias tuas em bebé, mas agora posso apreciar todas as fases da tua vida, olhando, apenas, para as paredes…
- Desconfio que até Renée esteve envolvida. Algumas das fotos nem eu as tinha visto, e outras reconheço-as de álbuns que estavam na minha casa. – As paredes do nosso quarto estavam cobertas de fotos nossas, dispostas de ordem cronológica, intercalas, ora uma minha, ora outra de Edward. Formavam um álbum de fotografias que nunca podia ser escondido num canto, nem, após passar as páginas, simplesmente fechá-lo. – É engraçado, já tínhamos falado da tua vida anterior como vampiro, que, apesar de não saber como eras, suspeitava que só mudava a roupa, mas nunca te tinha imaginado como eras em criança. Afinal eras uma criança normal…
- Mortal, queres dizer. – interrompeu-me Edward, com a voz taciturna.
- Não vamos discutir agora que preferias continuar mortal, que assim eu não tinha passado pelo que passei, blábláblá… Se não te tivesses tornado vampiro nunca me conhecias, nem eu a ti. Por isso deixa-te disso. – olhei para ele séria, à espera que ele tirasse aquela cara de carrancudo de uma vez. Eu já o conhecia bastante bem, por isso insisti, até que finalmente ele pôs um sorriso forçado. Para já era o máximo que ia ter, por isso dei-me por contente, e voltei a admirar aquele rapazinho loiro, todo sujo com lama. – Apenas estava a querer dizer que nunca tinha pensado em como eras antes. Em criança. Já estou bastante habituada à ideia de seres assim, perfeito para sempre, sem nunca mudares. E ver-te a fazer as mesmas caretas e palermices que eu fazia quando também era criança, parece irreal e absurdo.
- Com a diferença que tu eras muito mais bela. - Edward já sorria mais um pouco, enquanto admirava uma foto minha a pôr a língua de fora. - E tinhas muita mais personalidade, acredita.
- Discordo. Até em criança e mesmo coberto de lama, eras perfeito. Uma criança adorável! Já eu… - fiz uma careta ao lembrar-me de algumas birras que tinha feito.
- Davas assim tanto trabalho aos teus pais? – perguntou Edward a rir-se da minha deixa.
- Pode dizer-se que não gostava que os outros me dissessem o que fazer, por isso argumentava.
- Gostava de ter visto. Pergunto-me se estarás mais teimosa agora…
- Talvez… A idade intensifica tudo. – disse a rir às gargalhadas. Edward juntou o seu riso perfeito ao meu.
Começamos a ouvir algum movimento no quarto do lado. Renesmee estava quase a acordar.
         - Por mais que gostasse de continuar aqui contigo, temos que dar atenção a um ser mais pequenino. – Edward começou-se a levantar enquanto falava.
Levantei-me, também, de um salto, juntando-me a ele no nosso novo e parcialmente cheio roupeiro. Enquanto estávamos a decidir o que vestir, resolvi começar um assunto ao qual precisava de respostas.
- Quando é que achas que o Carlisle lhe vai dar os medicamentos? Achas que vai ser hoje? Será que vai resultar? Ela não se vai magoar, pois não? E se ela não quiser? Temos que lhe dizer? Será mais fácil dizermos que é um medicamento normal? E se…? – estava a dizer tudo de rajada, sem dar tempo a Edward para me responder, quando ele me tapou a boca com os seus dedos, a fim de me calar.
- Sssshhh! Uma pergunta de cada vez, Bella. – repreendeu-me. – Respondendo às perguntas que percebi: é bastante provável que seja hoje, pois quanto mais tempo passar, e quantas mais vivências ela tiver, mais terá que esquecer, e nós não queremos isso, pois não? – Edward já me destapara a boca, mas mesmo assim era melhor não dizer nada, ou arriscava-me a ele me calar novamente, por isso limitei-me a acenar com a cabeça uma vez. – Ainda bem. – disse satisfeito. – Sinceramente, penso que irá resultar com sucesso, sem trazer nenhum dano a Renesmee. Talvez tu tenhas razão. Nós não lhe devíamos dizer a verdade, pois não sabemos como é que ela irá reagir. É melhor jogar pelo seguro, e dizer-lhe que é…. – Edward estava pensativo a tentar arranjar uma solução pior que um problema de matemática, enquanto eu pensava na roupa que ia vestir. Por aqui faz bastante frio, por isso é melhor vestir qualquer coisa quente, antes que tenha as pessoas a dizer-me que me vou constipar… É claro! O que é que os humanos têm quando estão num clima bastante frio?
- Gripe! – exclamei. – Podemos dizer-lhe que ela deveria tomar a vacina da gripe para não se constipar. Nem sei se é possível ela ficar doente. Pelo menos nunca ficou. Mas ela não sabe isso… E sempre é melhor do que lhe dizer que a vamos fazer esquecer da vida toda. – fui desanimando à medida que falava. Continuava a não concordar com esta ideia, mas visto que não há uma melhor, tenho que a aceitar. Por um lado, a minha ideia era bastante boa, assim, Renesmee, não iria ter um choque ao dizermos-lhe que queremos que ela esqueça tudo o que conhece até agora, mas por outro lado, custava-me mentir-lhe por uma coisa que a implicava tanto…
Enquanto eu estava a matutar neste assunto, Edward encarava-me pensativo, enquanto analisava os meus pensamentos confusos.
- Mas se separares os prós e os contras, verás que os prós são bastante superiores. Concordo com tudo o que disseste e pensas-te, mas penso que a tua ideia será benéfica.
- Talvez tenhas razão, mas eu só não quero tomar uma decisão prejudicial para ela, percebes? – disse, ao agarrar-me a ele para o abraçar.