terça-feira, 4 de outubro de 2011

Capítulo 20 “Despedidas” Parte III


Desculpem, desculpem. Eu sei que devia ter postado ontem, mas a minha net estava estúpida... Este capítulo é bastante grande. Pensei em dividi-lo ao meio, mas já estava farta de o dividir em partes, por isso vai tudo de enxurrada. Espero que gostem, e comentem!
XOXO, Black Roses


- O Jake chegou! – Renesmee estava aos saltos ao meu lado, a puxar-me na direcção da floresta.
- Renesmee! – repreendi. – Ele já vem. Espera um pouco! – mas já era tarde de mais. A Renesmee já tinha largado a minha mão e foi a correr em direcção ao uivo. Abanei negativamente a cabeça. Ela era impossível! Tínhamos que forçar a sua educação de uma maneira drástica.
Estava concentrada no que a Renesmee tinha feito que nem reparei que o meu pai se encontrava ao meu lado.
- Ela… ela é… rá… rápida! – o meu pai olhava perplexo para o ponto em que a Renesmee tinha desaparecido.
Ups! Ai, menina Renesmee! Nem tinha dado conta que ela foi a TODA a velocidade para a floresta. E o meu pai tinha visto! Respirei fundo. Ele já sabia, certo? Só nunca tinha visto! Espero que não tenha ficado com medo… Olhei para Edward, que acenou negativamente com a cabeça. Ainda bem! Mais tarde ia perguntar-lhe o que é que o meu pai pensou… Até agora isto de me manter sem o escudo estava a correr bastante bem…!
- É! Desculpa pai! Ela não devia ter feito isto. A excitação para ver o Jacob novamente é bastante grande. Ela não se controlou…
- É um pouco estranho ver isto com os meus olhos… - Charlie já estava recomposto. Agora falava com excitação. – Aquilo era o… - não conseguiu acabar a frase.
- Sim! O Jacob gosta de entradas dramáticas! – gargalhei com o assunto, e Charlie também esboçou um sorriso.
Enquanto nos estávamos a rir apareceu um lobo enorme com pêlo da cor da ferrugem, com a Renesmee no dorso agarrada ao seu pelo espesso. Os olhos do meu pai quase saíram das órbitas ao ver aquele cenário.
- Aquele é o Jacob? – perguntou o meu pai, depois de já ter clareado a voz umas três vezes.
- Sim. Pensei que já o tinhas visto!
- E já vi. Ele fez questão de me mostrar… Mas já não me lembrava que era tão grande!
- Ele impressiona qualquer um…
Renesmee estava, agora, deitada sobre Jacob, abraçada ao seu pescoço, a fazer-lhe festinhas na cabeça. Os olhos de Jacob estavam ternurentos, e depois pousaram em mim… Pelo menos não me pareciam raivosos. Já não era mau…
- Hey, Jake! – disseram todos os membros da alcateia.
- Ainda bem que chegas-te, filho! – Billy tinha um sorriso emocionado no rosto. Também ele já não o devia ver há uma semana. Ele não devia fazer isto ao pai…
- Não é perigoso a Renesmee estar ali?
- Não. O Jacob não lhe faz mal! Isso te garanto!
- Imagino que sim…
- Jacob! Vai-te transformar meu! – disse Seth.
- Sim! Se tu podes estar assim, eu também quero! É muito mais cómodo. – foi a vez de Jared opinar.
O meu pai continuava um pouco atarantado. Aquela conversa era um pouco demais…
- Não lhes ligues! Eles são um bocado infantis. Vou buscar a Renesmee. – Dito isto, dirigi-me, a uma velocidade humana, ao sítio onde Jacob e Renesmee se encontravam. – Renesmee, deixa o Jacob ir transformar-se.
- Mas mamã…
- Eu sei que ele é mais simpático assim. É fofinho e tudo! Mas convém que fale um bocado! – ao dizer isto passei-lhe a mão pelo pêlo. Ele respondeu com um rugido de poucos amigos. Todos atrás de mim se riram. – Eu sei Jake! Também cheiras pior assim! Anda lá Renesmee. – Peguei-a ao colo e dirigi-me novamente para a beira do meu pai. Ainda consegui ouvir o Jacob a deslocar-se novamente para a floresta. – Minha menina, mais tarde falamos, ouviste? – Renesmee acenou com a cabeça, com cara de culpa.
- Desculpa mamã…
- Depois falamos. Agora não. – disse enquanto a pousava no chão, ao lado do meu pai.
- Desculpa avô. Foi sem querer… - Renesmee estava a fazer beicinho a mirar o chão. Esta menina era bastante manipuladora. Ela sabia que se o avô não se importasse, então eu já não me podia chatear com ela…
- Não faz mal querida. Eu tenho que me habituar… - Ora aí está! Mais uma vitória para a menina Cullen. Edward riu-se do meu pensamento.
Senti uma deslocação de ar, e voltei-me para trás, onde Jacob vinha da floresta. Este apenas tinha uns calções rasgados, para além do cheiro a cão molhado bastante forte. Que horror! Ele veio na nossa direcção, e a Renesmee correu até ele a uma velocidade vampírica. Já era a segunda vez hoje… Jacob pegou nela ao colo e continuou a percorrer o espaço que nos separava.
- Estão todos à minha espera? – perguntou Jacob. Não estava furioso, o que era bom, mas o seu rosto estava frio e pesado.
- Claro! – respondeu prontamente a Renesmee, que ainda estava aninhada no seu colo, com um sorriso contagiante.
- Ainda bem! – respondeu-lhe Jacob também a sorrir.

(…)

O resto da manhã foi desenrolando naturalmente. Toda a gente estava no seu humor habitual. Era assim que os ia relembrar, com um sorriso na cara, e com umas piadas sempre na ponta da língua. Jacob não largou a Renesmee o tempo todo, ora andava com ela ao colo, de mão dada, ou com ela ao seu lado. Renesmee não se importava nada! Ela adorava o Jacob… Isto vai custar tanto…
O nosso voo estava marcado para as três da tarde. Mas como íamos de carro até ao aeroporto de Seattle, teríamos que sair de Forks por volta da uma da tarde, para a Renesmee ter tempo de ainda almoçar no aeroporto. Não íamos fazer nenhuma escala, por isso íamos ficar cerca de quatro horas metidos num avião com centenas de humanos à nossa volta. Depois de aterrarmos em Ottawa alugávamos três carros e íamos para a nossa nova casa.

(…)

Quando já eram meio-dia e quarenta e cinco, Carlisle começou a olhar propositadamente para o relógio. Edward acenou positivamente uma vez com a cabeça e sussurrou-me ao ouvido:
- Bella, está na hora…
‘Eu sei…’
Dirigi o meu olhar para o local onde Jacob estava sentado num dos troncos com a Renesmee ao colo. Estavam bastante entretidos a falar, ou melhor a gozar, sobre os humanos. Aquela conversa era um bocado parva… Mas estavam a rir-se um com o outro, e isso é que importava!
Queria deixar Jacob para último, porque depois de falar com ele, já não ia ter pachorra para falar com mais ninguém… Por isso, fui-me despedir do resto da alcateia, juntamente com os restantes Cullens. Estas despedidas foram bastantes curtas e despachadas. Depois chegou a hora de falar com o meu pai…
- Pai, está na hora de irmos embora… - comecei.
- Eu sei filha… Vou ter imensas saudades tuas, querida. – e abraçou-me, pelo que retribui. - Vais fazer-me falta todos os dias… Quero que saibas que és a pessoa mais importante para mim!
- Oh, pai… Também vou sentir tanto a tua falta… Só queria puder ficar, mas sabes que não posso… Mas prometo ligar-te todos os dias, está bem?
- Acho bem que não te esqueças. Eu posso ir visitar-te, certo?
- Sim, claro que podes. Eu depois dou-te a nossa morada. Até te dava já, mas a Alice não me diz nada. Já sabes como ela é…
- Está bem. Vou tentar ir, sempre que puder…
- Acho que vais ter bastantes folgas. Vais ver que o crime vai estar mais calmo que nunca…
- Espero que sim. E tu? Também vens?
- Não sei, pai. Talvez… Nós temos medo que as pessoas nos reconheçam…
- Podem pintar o cabelo, ou encherem-se de maquilhagem…
- Tenho a certeza que a Alice ou a Rosalie arranjam uma solução. Vou fazer os possíveis, mas não posso prometer…
- Eu sei, eu sei… - Charlie desfez o nosso abraço, e começou a esfregar os olhos atrapalhadamente.
Ele estava a chorar… Era bom saber que lhe ia fazer falta… Sorri e desviei a minha atenção na direcção de Jacob e Renesmee. Agora ele fazia-lhe cócegas e ela ria que nem uma desalmada. Também Jacob se ria das suas gargalhadas.
- A pequena vai fazer-lhe falta. – Charlie também olhava para o mesmo sítio que eu.
- Eu sei. Custa-me ter que os afastar… - respondi-lhe melancolicamente.
- Eles hão de superar… Ainda são miúdos. E como tu me disseste há dias, a Renesmee vai esquecer-se dele. E ele… Ele há-de ir ao sítio.
- Espero que tenhas razão. Promete-me uma coisa.
- Tudo o que quiseres…
- Dá apoio ao Billy nos próximos tempos, está bem?
- Ao Billy? Não te enganas-te na pessoa?
- Não. A não ser que queiras andar a fazer uma caça ao lobo… Deixa o Jacob para aqueles que o podem acompanhar, pai. Mas se muito me engano, o Jacob vai andar desaparecido por uns tempos…
- Ele já fez isso durante um mês…
- Algo me diz que desta vez vai ser durante mais tempo…
- Não te preocupes. Deixa o Billy comigo!
- Obrigado pai. Fico mais descansada…
Estava na hora de falar com o Jacob, por isso fui ter com eles.
- Renesmee, por que é que não te vais despedir do avô e dos lobos?
- Está bem, mamã. Até já Jacob! – dito isto, foi a correr e saltou para as costas de Seth. Quase que o deitava ao chão… Eu e Jacob rimo-nos em uníssono, como nos velhos tempos. A expressão de Jacob já estava calma e tranquila.
- Está na hora, não está? – perguntou Jacob a medo.
- Sim… - a expressão de Jacob ficou agora triste e indefeso. – Lamento Jacob. Não só por isto, mas também pelo que te disse há uma semana atrás. Aquilo saiu-me. Eu não devia ter-te dito aquilo. Desculpa…
- Eu estava a merecê-las, Bella. Na altura fiquei irritado, mas agora compreendo o teu ponto de vista… Também é difícil para ti, não é?
- Mais difícil do que tu pensas… - Jacob nem me deixou acabar a frase. Abraçou-me e murmurou-me uma desculpa ao ouvido. O Jacob a abraçar-me? Eu hoje já tinha sido surpreendida por abraços mais do que uma vez… O que era bom, mas a última pessoa que eu pensava que me ia abraçar, acabou de o fazer! Sabia bem estar abraçada ao meu melhor amigo… Fazia-me relembrar todos os momentos que passamos juntos, todos os momentos em que ele esteve lá para mim… Nunca me ia esquecer disso. Nunca me ia esquecer dele. Este abraço ia ficar gravado na minha memória para sempre… Também eu o abracei com muita força, para que ele sentisse que o abraço também era bem-vindo da minha parte. Tal como começou, também quebrou o abraço.
- Vamos deixar estas lamechices. És muito fria e dura… - disse Jacob com um sorriso trocista. Por debaixo daquela máscara de felicidade e gozo, estava uma tristeza à espera para arrebentar, e quando isso acontecesse ia ser feio…
- Pois… E tu estás a cheirar mesmo mal, Jacob! – respondi-lhe à letra.
- Olha que tu…
- Chega desta parvoíce! – que conversa tão parva! – Temos mesmo que ir embora, se não a Renesmee não tem tempo para comer alguma coisa de jeito! – disse-me já a levantar. Jacob pôs-se de pé num salto e virou-se para mim com cara séria.
- Vocês já não voltam, pois não? – acenei negativamente com a cabeça. – Mas para onde vão? Se não for muito longe eu posso ir a correr ou assim… - a fúria e a raiva já tinha passado há muito, no lugar delas estava o desespero e a frustração.
- Jake… Tens que perceber que não há volta a dar. Quem me dera haver…
- Está bem… Mas para onde vão?
- Não podes ir lá.
- Já sei, já sei… Mas diz-me.
- Prometes que não vais?
- Sim, prometo. – não estava com uma cara muito confiante. Sabia que a parte humana dele estava a prometer que não iria, mas a parte lobo, a parte da impressão ele não conseguia controlar assim tão bem. Mas mesmo assim resolvi dizer-lhe.
- Vamos para Ottawa, no Canadá. Mas não te vou dizer exactamente onde. – se ele quisesse podia descobrir. Só precisava de apanhar os nossos odores. Provavelmente ia-me arrepender disto, mas não conseguia deixar de lhe dizer nada…
- Não é muito longe… - já estava pensativo…
- Jake… Tu prometes-te!
- Eu sei, eu sei. Mas só de pensar que nunca mais vou vê-la. Não vou puder cuidar dela, brincar com ela, vê-la crescer… Vou ter tantas saudades… Não sei se vou aguentar… Bella, sem ela eu não sou ninguém. Eu não sou nada… - pelo rosto de Jacob já escorriam lágrimas grossas.
- Tu vais-te aguentar, ouvis-te? Tu consegues! Tu vais conseguir… Pela Renesmee! E… - não lhe queria dar falsas esperanças, mas ao menos assim ele teria alguma… - E se um dia, quando a Renesmee for adulta ela quiser voltar? – Jacob olhou para mim instantaneamente. – Se ela quiser voltar nós não pudemos interferir. Ela irá fazer as suas escolhas! Se essa for a dela, é bom que estejas aqui para ela, ouvis-te? Atreve-te Jacob! – Ele já estava a sorrir por um lado animado, e por outro esperançoso. Era melhor que ele estivesse assim, ao menos não ia fazer nenhuma asneira… - Agora vá! Vai-te despedir dela para irmos embora!
Jacob procurou a Renesmee, e quanto ela olhou para ele, ele agachou-se e abriu os braços. Renesmee foi a correr para os seus braços, atirando-o ao chão, e ambos começaram-se a rir.
- Promete que nunca te vais esquecer de mim.
- Claro que não, Jake. Eu nunca me poderia esquecer de ti. És o meu melhor amigo!
- Vou sentir muito a tua falta, Nessie… - disse Jacob abraçando-a no chão.
- Eu também. Quando é que vais ter connosco? – perguntou Renesmee retribuindo o abraço.
Jacob olhou para mim, e eu fiz um trejeito com a boca, que se assemelhou a um sorriso de culpa.
- Não sei, Nessie. Não posso abandonar um bando de lobos à solta! – Renesmee começou a fazer uma cara triste. - Mas depois vê-se! – acrescentou de seguida. – Tenho uma coisa para ti! – Jacob foi ao bolso dos calções rotos e tirou de lá um colar, com uma pendente. Pô-lo à volta do pescoço de Renesmee, e ela segurou-o entre os seus pequenos e finos dedos. O pendente era um lobo cor de ferrugem em pedra. Era parecido com a pulseira que ele me deu, mas este era muito mais trabalhado e perfeitinho.
- É muito bonito. Nunca mais o vou tirar! Assim já não me posso esquecer de ti! Obrigada! – deu-lhe um beijo de agradecimento na bochecha.
- Fui eu que fiz… Assim já tens uma coisa minha!
- Tens muito jeito, Jake! Prometo que vai andar sempre, sempre comigo. – agora foi a Renesmee que o abraçou, ao qual o Jacob correspondeu de imediato.
- Pronto. Agora já tens tudo. Tens que ir embora, Nessie! – levantaram-se, sacudiram as roupas e vieram ter comigo e com o resto dos Cullens, que já estávamos ao pé dos carros.
- Adeus avô! – Renesmee deu um beijo ao Charlie, e de seguida a todos os membros da alcateia.
- Adeus pai! – também depositei um beijo na cara do meu pai, ao qual ele me correspondeu com um abraço.
Renesmee estava abraçada ao Jacob, com ele a derramar algumas lágrimas que teimavam em cair. Quando se afastara, Jacob apenas proferiu:
- Vou estar sempre à tua espera…
Edward foi pô-la no carro, enquanto eu me despedia do meu melhor amigo com outro abraço.
- Vou-te ligar todos os dias, está bem? Eu conto-te tudo, prometo! – sussurrei-lhe ao ouvido. Ele acenou afirmativamente com a cabeça, e largou-me.
Entrei no carro, pus o cinto, apertei a mão ao meu amor, e arrancamos rumo a Seattle.
Olhei para trás e vi um enorme lobo a correr em direcção à floresta. O seu auto-controlo tinha finalmente quebrado…

2 comentários:

  1. ohhh
    ohhhhhh
    estou a chorar, ohh
    quero o proximo

    beijooo

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  2. Estou contente por conseguir por os leitores a chorar com os capítulos. Ainda bem... O próximo já chega hoje!

    beijinhos +.+

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