terça-feira, 11 de outubro de 2011

Capítulo 22 “Casa nova, vida nova” Parte I






Olá olá! Aqui está mais um capítulo! Eu sei que disse que ia postar às segundas e quintas, mas agora que entrei no ritmo da escola dá-me mais jeito que seja às terças e sextas. Fica na mesma duas vezes por semana. Pode não parecer uma mudança muito grande, mas para mim faz uma grande diferença!
Espero que gostem do capítulo e não se esqueçam de comentar!
XOXO, Black Roses


A viagem de quatro horas sem dormir no avião passou relativamente depressa. Mal aterramos, fomos buscar as nossas malas, e pusemo-nos a caminho da nossa nova casa em caros alugados.
Como era de esperar, quando chegamos estava a chover. Já me tinham avisado que a casa ficava bastante longe de Ottawa, mas não estava à espera de uma viagem de duas horas e meia pela auto-estrada, a quase 200km/h. Essa viagem foi mais chata e aborrecida do que a de avião. Pelo menos não tinha que me manter controlada para não matar ninguém… Numa coisa a Alice tinha razão, a paisagem era bastante bonita. Só havia verde há nossa volta. A Alice também tinha dito que íamos ter um parque natural perto da nossa casa, o que era bom. Sempre variávamos a ementa…
Para além da melancolia toda que sentia em relação a este lugar, estava bastante ansiosa por ver onde íamos passar alguns anos das nossas eternas vidas. Era de esperar que a casa fosse enorme, rodeada de bosques, cheia de divisões e mobiliário caríssimo. Isso era bastante previsível, mas mesmo assim estava desejosa de a ver. Apostava que era linda, uma casa de sonho…
- E se eu te disser que a casa até é bastante modesta e que a Alice quis uma coisa mais simples desta vez? – perguntou Edward. Estava a escutar os meus pensamentos, e eu ainda não estava muito habituada a isto…
- Respondia-te que então não estávamos a falar da mesma Alice! Ela nunca iria permitir isso, e SE isso acontecesse, ia ficar deveras desiludida com a grandiosa família Cullen!
- Pensei que gostavas de coisas mais simples…
- Já me habituei a extravagâncias!
- É bom saber… Então já não repelas prendas caras? – disse com um sorriso provocador no rosto.
- Nem te atrevas a oferecer-me já um carro, Edward Cullen!
- Gostei desse já na tua frase. Quer dizer que não te importas de ser daqui a um bocado?
- Sempre muito observador. E sempre muito engraçadinho…
- Está bem, está bem. Como queiras. Mas tiras a piada toda! E não te vais escapar assim tão facilmente…
- Tenho a certeza que não… Mas estavas a falar a sério quanto à casa? – perguntei com uma pontada de preocupação. Estava habituada a ouvir o Edward a falar das suas antigas vidas e das suas exuberâncias, e quando eu me vou mudar com eles a primeira vez é que eles resolvem fazer uma coisa modesta desta vez?
- Achas? – estava-se a rir às gargalhadas dos meus pensamentos… - Se a Alice endoidecesse, a Esme tratava de por tudo no seu devido lugar. Por acaso, acho que é a maior em que já estivemos… Elas esmeraram-se…
- Que parvo! Aquelas duas juntas… Mas é assim tão grande…?
- Sim. Mas já não me arrancas mais nada, Isabella Cullen…
- Sabias que és mesmo irritante, quando queres? – disse com uma cara chateada.
- Quando quero consigo ser quase tudo… - lá estava outra vez o olhar provocador… Pelo que ignorei.
- Olha, mas falta ainda muito?
- Não. – suspirou. – Já estamos a chegar. Olha! Ali à frente já é o início da cidade. – olhei em frente e li uma placa que dizia ‘Bem-vindos a Petawawa’.
- E a casa fica muito afastada?
- Nem por isso. É claro que não é no centro…
- Está bem… E sabes onde é?
- Relativamente. Mas é melhor deixar a Rosalie passar à frente, para a Alice nos poder indicar o caminho. – dito isto abrandou a velocidade, deixando a Rosalie passar por nós. Enquanto no ultrapassava, Alice, que ia no banco de trás com Jasper, sorriu-me! Aquele sorriso presunçoso que só ela sabe fazer… - Ela teve uma visão em que tu ias adorar a casa… - suspirei. Era esquisito já saber quais iam ser as minhas emoções ou reacções antes de as ter…
O resto da viagem foi passado muito lentamente. O “nem por isso” do Edward, era cerca de mais quarenta e cinco minutos de carro.  Claro que me lamentei, barafustei e reclamei o tempo todo! Edward tentava falar comigo de vez em quando, mas a conversa não passava de: “O que é que achas deste sítio? Tem bastantes bosques! E por aqui não costuma ter sol! Gostas?” O assunto não costumava sair muito daí, pois até ele já estava entediado com a viagem, e já não tinha mais nada para dizer. Graças a Deus que a Renesmee acordou a meio da viagem de carro! Não sei a onde é que ela vai arranjar tanto sono… Depois dela acordar o ambiente ficou mais divertido, mas mesmo assim…
A uma certa altura, meti a mão na minha carteira, e tirei o iPod de Edward. Pus os phones nos ouvidos, encostei a cabeça ao vidro do carro, fechei os olhos e pus-me a seguir a batida da música, desligando-me do que se passava à minha volta. Este era o estado mais próximo de dormir que eu conseguia.
‘Acordei’ quando senti o carro a abrandar, e quando a Renesmee começou literalmente a saltar e a gritar “Estamos a chegar, estamos a chegar!”. Abri os olhos e tirei os phones, desligando a música. Olhei à minha volta e reparei que estávamos a abandonar a estrada principal, e a enveredar por um caminho mais estreito e ladeado de árvores por todos os lados. Esse caminho já estava todo arranjado, e liso, para facilitar a passagem dos carros. Também com os camiões TIR que já devem ter passado por aqui… Edward riu-se do meu pensamento.
- Vejo que já estás mais bem-disposta! E sim, foram alguns!
- Tal como pensei…
Este caminho, sim, já não foi muito comprido. Em cerca de dez minutos o carro parou ao pé de umas árvores. Será que a casa não tem garagem?
- Tem. Mas como vamos ter que devolver os carros ainda hoje, não vale a pena pô-los lá. – respondeu-me Edward com um sorriso de quem está prestes a revelar uma surpresa. E estava…
Abri a porta do carro mal o motor do carro parou. Já não aguentava mais um segundo dentro daquele carro a cheirar a humanos. Esta é uma desvantagem de alugar carros, sem dúvida… Quando saí, fui banhada por umas pingas de água que se colavam à minha roupa e cabelo. Senti que o ar estava bastante frio. Talvez tão frio como era em Forks em pleno Outono, apesar de estarmos na primavera. Forks…
Fui à mala buscar o casaco da Renesmee, vesti o meu e passei o outro a Edward que tinha acabado de sair do carro. Abri a porta à Renesmee, que já se encontrava sem cinto, e esta saltou cá para fora.
- Que frio, mamã! – disse ela a encolher-se e a esfregar as mãos. Vesti-lhe logo o seu casaco grosso, pus-lhe um gorro cor-de-rosa na cabeça, e dei-lhe umas luvas a combinar com o gorro para as mãos. Ela calçou logo as luvas e esfregou as mãos enquanto eu vestia o meu casaco.
- Já estás mais quentinha? – perguntou Edward a esfregar-lhe os braços.
- Sim, papá. Já estou melhor. – respondeu Renesmee, pendurando-se no pescoço de Edward. Este pegou nela de imediato, aconchegando-a no seu casaco.
- Isto aqui é  mais fresquinho, não é? – perguntou Edward ao seu ouvido. Esta abanou a cabeça em sinal de concordância.
- Vão ficar aí ao frio ou querem ver a casa? – perguntou Alice já ao meu lado e a empurrar-nos em direcção a uma brecha entre as árvores. Reparei que essas árvores eram diferentes das outras. Estas eram maiores e mais imponentes que as restantes, como se estivessem a dar as boas vindas. Todos os Cullens já vinham atrás de nós, seguindo a Alice.
- Fechem os olhos! – disse a Alice, com uma voz bastante satisfeita. – Não vale fazer batota Emmett! Vá! Venham por aqui.
Todos seguimos a sua voz, o que não era difícil, pois mesmo que não a ouvíssemos, seguíamos o seu odor bastante conhecido. Alice mandou-nos parar cerca de uns cem metros do local onde estavam os carros. Pareceu-me que estávamos entre aquelas duas árvores…
- Já podem abrir! – disse Alice com uma voz chilreante e triunfante.

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