sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Capítulo 20 “Despedidas” Parte II


Olá, olá! Peço imensas desculpas por não ter postado ontem, mas foi mesmo impossível! Então decidi postar hoje um capítulo um bocadinho maior. Quis fazer um bocado de suspense em relação a este capítulo, por isso é que ainda vai haver uma terceira parte ;) Espero que gostem!
Comentem e votem na sondagem (ainda só uma pessoa é que votou, o que me leva a pensar que se estão nas tintas). Mas pronto, não se esqueçam!
Boas leituras,
XOXO, Black Roses


         O dia de hoje estava anormal em todos os sentidos: estava nublado e escuro (até aqui tudo normal) mas ao mesmo tempo conseguia-se ver o sol através das nuvens espessas que a qualquer momento ameaçavam começar a deitar água; o dia estava gelado, comparando-se ao clima de pleno inverno, quando já estávamos em Março; a posição do sol parecia que já eram cerca das quatro da tarde, quando eram apenas dez da manhã. Estava bastante confuso, tal como eu.
Não me tinha preparado para o que ia acontecer, talvez até mesmo ainda não me tivesse mentalizado de que nos íamos mudar. Quando me mudei para a cidade de Forks para viver com o meu pai, só queria que o tempo entediante e monótono que ia passar nesta terra passasse depressa. Queria que o secundário passasse depressa para puder ir para uma universidade perto da minha mãe. Pensava que ia detestar estar cá e só desejava puder sair daqui. Mas agora que o vou fazer, só quero puder ficar, nem que seja só mais uns tempos. Estes anos foram os melhores da minha vida. Descobri o que é amar, o que é ser amada, o que é ter uma família grande e unida, que o amor pelo meu pai sempre foi e sempre será muito forte, como é passar de adolescente a adulta em apenas alguns meses, como é sofrer com a perda de alguém, o que é um buraco no peito, como ficar doida e alterada, o que é amar duas pessoas tão distintas ao mesmo tempo, que o nosso grande amor consegue superar tudo e todos, como é sentir que magoamos tanto uma pessoa apenas por uma acção, uma escolha, como é puder contar com alguém sempre que quiser e sempre que precisar, como é casar, como é ter o amor da minha vida à minha espera, à espera de ficar meu para sempre e eu dele, o que é ser mãe, o que é o amor de uma filha por uma mãe… que os super heróis existem, que um mundo sobrenatural é melhor que o nosso, como é saber que o nosso próprio odor será a nossa morte, como é saber que querem ver-me morta e sugar o meu sangue, como é ter alguém a lutar pela minha vida, luta esta que não podia participar, o que é ter a certeza do que quero para o resto da minha vida, como é conviver com criaturas, que, até me tornar um deles, vou ser sempre um alvo, que existem mais seres sobrenaturais do que eu pensava, como é ir salvar o meu amor da morte pelas mãos das criaturas detestáveis, como é ter um bando de criaturas extremamente poderosas a trás de mim, como é casar-me com uma, como é engravidar de uma, como é ter uma filha que era metade como eu e metade como ele, como é tornar-me numa deles, como é lutar contra eles, como é ser ameaçada por eles, como é ter que fugir deles…
Estava tão confusa neste dia que, sem me aperceber, tinha retraído o meu escudo, pelo que Edward olhava para mim, por um lado satisfeito pela primeira parte, mas magoado com a segunda. Não tinha sido muito feliz com a minha escolha de palavras…
- Desculpa…. – estava arrependida de ter pensado naquilo, principalmente neste momento e com ele a ouvir. Que estúpida! Mesmo tendo o escudo para proteger os meus pensamentos, tinha que o deixar ouvir aquilo?! Que idiota!
- Não. Eu prefiro saber o que pensas na realidade, pelo menos uma vez. – notava-se que a sua voz estava magoada e triste.
Já estávamos na reserva com o carro parado em frente ao sítio onde normalmente eram as reuniões do conselho tribal. Esse era o ponto de encontro.
- O que eu pensei, não é o que eu realmente penso. Pus-lhe uma nota demasiado negra… E a partir de agora vou tentar estar sem escudo, está bem? Só tenho que tentar não perder a concentração…
- É normal que penses assim. Eu também penso… E também é normal quereres guardar os teus pensamentos para ti. São teus, e eu não tenho o direito de…
Beijei-o antes que ele continuasse a dizer palermices. Não queria arranjar mais confusões hoje. Já tinha a minha dose… E principalmente queria que estivesse tudo bem entre mim e Edward, pois ele seria o meu porto de abrigo hoje.
- Eu não quero que penses assim, estás ouvir? Foste a melhor coisa que me aconteceu – ouviu-se o suave ressonar da Renesmee no assento de trás. – talvez uma das duas melhores coisas que já me aconteceram. E se aquilo foi o preço a pagar para vos ter comigo, não foi nada comparado com o que devia ter sido. É demasiado baixo. – beijei-o novamente, desta vez um beijo mais breve. – E tudo o que é meu é teu, percebes-te! Prometo-te que a partir de agora vou-te deixar aceder aos meus pensamentos sempre que estiver minimamente controlada. Mas para isso não me podes descontrolar. – disse com um sorriso sedutor.
Edward colou os nossos lábios, começando por me beijar suavemente, pelo que eu intensifiquei o beijo. Ele reagiu de imediato começando-me a puxar mais para ele e a juntar as nossas línguas. Também eu entrelacei os meus dedos no seu cabelo para o puxar mais para mim. Estava completamente esquecida de onde estava, só pensava no Edward e tudo se resumia a ele… Edward acabou por quebrar o nosso beijo cedo demais, o que me fez relembrar quando ele fazia isso quando eu ainda era humana. Tal como fazia, soltei um suspiro de frustração. Ele riu-se de mim.
- Tu costumavas fazer isso antes… - disse entre risadas.
- Eu sei! Porque tu eras sempre um desmancha-prazeres e paravas sempre… - estava com cara de amuada e a fazer beicinho.
- Tu é que disseste para não te descontrolar…
- Foi só por causa disso…?
- Não! – agora ele gargalhava alto. – A Renesmee está a acordar e os lobos já chegaram. Achas que são motivos suficientes?! – ainda continuava a rir-se. A palavra lobos fez-me despertar. Acordei para a realidade. Lembrei-me novamente do que estava ali a fazer. Será que o Jacob já estava lá? – Não. Ele ainda não chegou. – respondeu-me o Edward. Também ele já estava com uma cara séria.
Olhei pelo retrovisor e vi a Renesmee a espreguiçar-se e a abrir os olhos.
Com a Renesmee acordada e todos à nossa espera, já não podíamos adiar mais o inevitável. Estávamos todos ali reunidos com um objectivo: dizer adeus.
- Vamos? – perguntei, falando para trás, onde a Renesmee ainda lutava contra as pálpebras que teimavam em fechar.
- Pronta? – Edward respondeu à minha pergunta com outra pergunta.
Em resposta, abri a porta do carro e fui atingida por um ar frio de inverno, que antigamente me fazia gelar até à espinha. Enchi os pulmões de ar gelado duas vezes seguidas, antes de abrir a porta a Renesmee. Esta saiu do carro com um salto e começou a tremer. Apressei-me a vestir-lhe o casaco quentinho e impermeável, o que a fez aconchegar-se nele. Edward também saiu do carro e foi à mala buscar os nossos dois casacos. Entregou-me o meu e vestiu o seu. Dei mão a Renesmee e Edward depositou a sua na minha cintura, e assim dirigimo-nos ao local programado.
Quando chegamos já se encontravam lá todos os Cullens e os lobos. Apenas faltavam Jacob, Charlie e Billy. Espera que não se demorassem muito…
Edward olhou para mim e respondeu-me ao ouvido:
- Descansa. Estão a chegar!
Mal nos viu, Alice, veio a correr ter connosco a uma velocidade desumana.
- Até não estás muito mal, Bella. – disse, olhando-me de alto a baixo. – E tu também não pequenina. – Pegou na Renesmee ao colo e deu-lhe um beijo na bochecha.
- Não me deste muitas alternativas, Alice…
- Eu sei! – guinchou ela. Estava animadíssima com a mudança. Para ela isto era sem dúvida uma das melhores coisas que já lhe aconteceram! Por ela, esta despedida seria em nossa casa, como uma festa gigantesca, cheia de música e prendas de despedida. Pus-lhe uns travões nesse ponto. Não queria uma festa a assinalar aquele momento triste. Nem pensar! Estava muito bem assim. Triste e melancólico.
Fomos falar com os lobos e com os Cullens, enquanto esperávamos pelos restantes. As conversas com a alcateia eram bastante monótonas e acanhadas. Eram sempre o mesmo: “Lamento que tenham que ir embora” “Nós também. Vai nos custar bastante, mas tem que ser.” “É para o bem de todos.”
O único que era um pouco mais animado era Seth. O Seth seria sempre o Seth. Animado e extrovertido. E talvez um pouco metediço. Apesar de hoje não estar nos seus melhores dias, foi a melhor pessoa com quem falei até agora.
Passados quinze minutos depois de termos chegado, chegou o meu pai, encolhido no seu casaco grosso, a empurrar a cadeira de rodas de Billy.
- Tens de começar a comer menos, Billy! – resmungava Charlie, enquanto arrastava a cadeira de rodas no piso de terra batida e irregular.
Quil e Jared apressaram-se a ir ajudá-lo. Levantaram a cadeira de rodas, um de cada lado, e trouxeram-no para a nossa beira.
- Podiam ter feito isso mais cedo… - disse Charlie admirado com a força daqueles dois.
- Avô! – Renesmee correu para os braços do meu pai, que a esperava de braços abertos.
- Olá, pequena! – Charlie deu-lhe um abraço apertado, enquanto eu me aproximava para o cumprimentar.
- Olá pai!
- Olá Bells. – este desenvencilhou-se dos braços de Renesmee e deu-me um abraço. Confesso que não estava à espera, mas soube bem, principalmente sabendo que ele já sabia a verdade sobre mim e sobre os outros que ali estavam.
Quando nos afastamos, Charlie estava um pouco constrangido, mas safou-se bem e foi cumprimentar o resto dos Cullens e dos Quileutes.
Comecei a apreciar o ambiente e as coisas que nos rodeavam. Estava tudo bastante parecido com o que me relembrava. Troncos grossos e velhos posicionados à volta de uma fogueira, que o Seth e a Leah estavam a tentar acender. Quer dizer, a Leah tentava acender e o Seth tentava estragar, enquanto a Leah lhe dava encontrões. Ia ter saudades daqueles dois a embirrarem um com o outro. Ia ter saudades de todos, que há alguns dias eram pura felicidade. Só de pensar que fomos nós que interferimos com isso….
Ouviu-se um uivo na floresta, forte e triste, a anunciar a sua chegada. Jacob tinha chegado. Ele tinha vindo! Um sorriso instantâneo apareceu na minha cara, tal como na de Renesmee.

2 comentários:

  1. oh jakesinho.
    ohh
    que horror q isto vai ser..

    beijo ines

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  2. http://someonelikemyself.blogspot.com/ - blog em vez do Podia ser mas nao e

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