terça-feira, 6 de setembro de 2011

Capítulo 11 “Explicações”


Olá! Aproveitar os últimos dias de praia... :( Espero que gostem!
XOXO, Black Roses

Dirigi-me em passadas largas ao antigo quarto de Edward. Renesmee estava acordada como eu imaginara, e Rosalie estava abraçada a ela a tentar acalmar o choro copioso que caía pelas faces da minha filha. Mal entrei no quarto, Rosalie dirigiu-me um olhar de alívio. Renesmee espreitou por entre os seus caracóis, e mal me viu, sorriu. Aquele sorriso contagiou-me, pelo que sorri também. Aproximei-me da cama para me sentar aos seus pés. Rosalie retirou o braço de Renesmee e levantou-se. Ia-nos deixar sozinhas.
         - Rosalie. – chamei. Ela parou instantaneamente. Levantei-me e fui ter com ela. – Fica. – ela olhou-me desconfiada. Segurei-lhe no braço. – Por favor. – sussurrei. Não queria ficar sozinha com Renesmee. Tinha medo de me descontrolar outra vez. Pelo menos sabia que Rosalie faria tudo para a proteger, mesmo que isso implicasse magoar-me. Era isso que eu esperava dela. Ela percebeu os meus motivos e assentiu uma vez com a cabeça. Sentou-se novamente no mesmo sítio, voltando a por o braço à volta de Renesmee.
Respirei fundo e voltei-me a sentar aos pés de Renesmee. Esta desprendeu-se do braço de Rose e veio na gatinhar até mim. Abraçou-me. Daqueles abraços que só uma filha pode dar aos pais. Daqueles que só a Renesmee me consegue dar. Daqueles que me consegue animar em qualquer situação. Enterrei o meu rosto nos seus cabelos, inspirando o seu perfume maravilhoso.
- Mamã. O que é que aconteceu? Estás bem? – Renesmee começou a falar contra o meu ombro. Desfiz o abraço e segurei o seu rosto entre as minhas mãos.
- Não te preocupes, querida. Está tudo bem! – garanti-lhe. Sabia que não podia mentir por muito mais tempo. Mas queria protege-la da verdade durante mais um bocadinho… Pelo menos até decidirmos o que fazer em relação ao assunto Jacob-Impressão-Renesmee.
-Mas, mamã, eu ouvi-te a gritar. Alguém te fez mal? – perguntou assustada.
Não! Claro que não. – ela chegou a pensar que a própria família me fez mal? Devo tê-la assustado muito…
- Então porque é que estavas a pedir para não te matarem? – Boa! O que é que lhe vou responder agora? Que eu tinha tido uma espécie de ataque emocional, mas não lhe podia/ não lhe queria dizer o porquê? Ela ainda ia ficar mais assustada. Principalmente se eu lhe dissesse que o que desencadeou este ataque foi o estado lastimável de Jacob. Definitivamente não sabia o que lhe responder…
- Renesmee, nunca reparaste que a tua mãe é bastante propícia a exageros? – Rosalie interveio no momento certo. Dirigiu-me um piscar de olho. – Às vezes parece que ainda é humana… Se bem que um humano no seu perfeito juízo nunca tinha feito a fita que ela fez! – Renesmee sorria. Já era bom. Pelo menos Rosalie conseguiu distraí-la do cerne da questão. Eu iria falar com Carlisle mais tarde sobre o que me aconteceu…
- Agora que já sabes que a tua mãe é um bocadinho doida, é hora de ires dormir. Já é muito tarde, e tu aí toda desperta. Quero ver a que horas acordas amanhã! – empurrei-a para baixo do cobertor. Renesmee sorriu mais uma vez. Agora que estava mais calma, tinha mesmo que dormir. – Dormir! – ordenei. Apontei-lhe com o dedo para intensificar a minha ordem.
Dirigi-me para a porta do quarto. Tinha que falar com Carlisle, mas primeiro precisava dos braços de Edward urgentemente.
- Rosalie, importas-te de ficar com a Renesmee até ela adormecer? – esta acenou com a cabeça em resposta. – Obrigada. Preciso de falar com o Carlisle. – disse a última parte em voz baixa já a sair do quarto. Tinha a certeza que ela tinha ouvido.
Agora que já tinha acalmado uma das minhas preocupações, precisava de procurar Edward. Tinha a certeza que ele ainda estaria na sala. Mas não estava disposta a ser alvo de todas as caras interrogativas que estariam na sala. Por isso, retirei o escudo e pensei bastante alto.
‘Podes vir ter comigo ao escritório do Carlisle, por favor?’
        Sabia que ele tinha ouvido, por isso dirigi-me ao escritório. Só tive que esperar alguns segundos. Edward entrou pela porta bastante preocupado e perturbado. Fui a correr ter com ele e abracei-o com todas as minhas forças. Queria ficar assim para sempre e esquecer todos os meus problemas, que de momento eram muitos, demasiados para mim. Não conseguia aguentar muito mais. Tinha que desabafar tudo. Precisava de alguém que me ouvisse e entendesse. E ninguém melhor que Edward para isso. Sabia que podia contar com ele para descarregar toda a minha dor e sofrimento, e esperava que ele fizesse o mesmo.

Sem comentários:

Enviar um comentário